Desde o início da pandemia, a atividade bancária foi definida como serviço prioritário e, com isso, muitos bancários permaneceram trabalhando presencialmente. Desde o início da vacinação, os bancários seguem na luta para serem incluídos entre os grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização (PNI), com articulações entre os parlamentares, reivindicando a inclusão junto ao poder executivo dos estados e prefeituras, e hoje (3/6), a Contraf-CUT reforçou a demanda junto ao Ministério da Saúde. Entre as demandas dos empregados no dia de paralisação de 27/4, estava a inclusão no PNI.
Na Caixa, a mobilização das entidades representativas já tinha feito com que a relatora do PL 1011 incluísse os empregados como grupo prioritário no texto do projeto, que tramita no Congresso, e a Contraf-CUT já havia encaminhado ofício à direção do banco reivindicando que o presidente Pedro Guimarães atue para assegurar a inclusão dos empregados como grupo prioritário. Também nesta semana a conselheira de administração da Caixa eleita pelos empregados, Maria Rita Serrano, apresentou a reivindicação das entidades pela inclusão dos empregados no PNI aos demais membros do Conselho de Administração (CA), reforçando a necessidade de que a direção da empresa atue para que a demanda seja atendida.
O número de empregados da Caixa vitimados pela Covid-19 demonstra a necessidade de que a direção do banco atenda às reivindicações dos empregados para aperfeiçoar os protocolos de prevenção, e também que os aplique de fato. Demonstra também a necessidade da inclusão dos empregados no PNI. Neste ano, o número de colegas que faleceu pela Covid-19 já é mais que três vezes maior do que o total de falecimentos que ocorreu durante todo o ano passado: de acordo com os levantamentos das entidades (já que a Caixa não dá transparência a estas informações), até 31 de dezembro de 2020 houve 18 mortes, e desde 1 de janeiro, sofremos a perda de 57 colegas. No total, já foram 75 vidas perdidas entre os empregados da Caixa da ativa, sem contar os trabalhadores das empresas terceirizadas, que, discriminados pela direção do banco, sequer são incluídos nos protocolos de prevenção.
“O crescimento no número de mortes entre os empregados da Caixa é quase três vezes superior ao observado na população em geral, na comparação entre o ano passado e este ano e a direção do banco não pode se esquivar da responsabilidade pela proteção aos empregados. Os números demonstram de maneira inequívoca que a política de prevenção precisa mudar, e os empregados devem ser incluídos no PNI”, expõe o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.