Edição: 106
Tão ruim quanto o resultado do comércio em 2016 (ver Boletim DIEESE 105), divulgado na semana passada pelo IBGE, foi o resultado do setor de prestação de serviços. O Instituto avaliou, nas capitas do país, a receita bruta de empresas que prestam serviços de hospedagem e alimentação, transporte terrestre, aéreo e hidroviário, logística, de comunicações, além de serviços técnico-profissionais. O indicador de volume de serviços (variação descontando-se a inflação) registrou, em 2016, queda de 5% em relação a 2015, ano que já havia acumulado queda de 3,6% em relação a 2014.

Grupos de atividades de serviços: acentuada retração

Em sua pesquisa, o IBGE menciona que “os resultados acumulados no ano evidenciam a acentuada retração das atividades de serviços em 2016”. A maior queda ocorreu em transportes (- 7,6%), segmento vitimado pela demanda contida de empresas que, por produzirem muito pouco, não têm tanto a transportar. Os serviços profissionais – jurídicos, contábeis, engenharia e arquitetura, entre outros – penaram com negativo de 5,5%. Por fim, o IBGE destacou que os serviços prestados às famílias (menos 4,4%) “dependem da recuperação do poder de compra para retomarem seu crescimento”.

Perda em todo país

A retração em serviços, da mesma forma que o encolhimento no comércio, não escolheu região: alcançou todas. Sofreram mais estados do Norte e Nordeste e, pouco menos, estados do Sul e Sudeste. Com resultado positivo, apenas Roraima (0,5%).

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