Edição: 100
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015, do IBGE, apurou renda real média brasileira a R$ 1.853,00 em 2015 ante 1.950,00 em 2014. Houve queda, portanto, de 5%. A Pesquisa também apontou, mais uma vez, a desigualdade acentuada por região: enquanto no Maranhão a média é de R$ 1.106,00, que corresponde a 1,2 salário-mínimo, no Distrito Federal é de R$ 3.553,00, ou 4,04 salários-mínimos.
Sem direitos e ganhando menos
Enquanto parlamento, tribunais e empresários se movem para enterrar direitos trabalhistas, a PNAD indica o que já acontece com os sem-direitos. Aqueles sem carteira de trabalho assinada, situação ilegal tratada eufemisticamente como “informal”, têm remuneração menor. Em alguns segmentos, trabalhadores ganham em média menos que o salário-mínimo.
Serviços em falta
Por fim, vale destacar que a PNAD não revela apenas renda concentrada, contratação sem direitos, perda do poder aquisitivo. A energia elétrica chega a toda população, dando realidade ao programa “Luz para Todos”. Há outros serviços, no entanto, ainda distantes. O país deve, neste terceiro milênio, rede de abastecimento de água a 15% de sua população e de esgotamento sanitário a 35%. A saúde de todos agradeceria se tais serviços fossem universais.