Edição: 51
Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico (DIEESE) e instituições parceiras registra que o desemprego em quatro regiões metropolitanas e Distrito Federal se elevou em setembro pelo oitavo mês consecutivo. Salvador é recordista na taxa, com 19,4% de sua população economicamente desocupada. O número de desempregados estimado pelo DIEESE supera aos do IBGE em razão dos critérios em cada pesquisa. Na Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio Contínua do IBGE, no trimestre junho, julho e agosto de 2015 a desocupação alcançou, nacionalmente, 8,7% da PEA
Mas independentemente dos porcentuais, é inquestionável a crescente sobra de mão de obra. Muitos empregadores comemoram: exército maior, soldo menor.
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Números em municípios da região metropolitana de São Paulo
Observada a região metropolitana de São Paulo, a PED indica elevação acentuada dos desocupados na comparação entre os meses de setembro de 2014 e de 2015. De uma população economicamente ativa de 11,1 milhões, 1,581 milhão se encontrava desempregado nesses municípios, dos quais 217 mil em trabalho precário. Serviços e Comércio, em alguns de seus segmentos, registraram ligeira elevação no número de empregados. No entanto, indústria de transformação e construção civil puxaram a oferta para baixo.
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Números e números
Desemprego maior significa, no melhor cenário, renda menor para os que ainda estão empregados e, no pior, salário nenhum para os demais. Desemprego se acentua com política econômica dita austera. Mas nem tudo nessa austeridade é tão ruim, ao menos sob a ótica de alguns. Relatório de outubro do Banco Central do Brasil registra que a taxa média anual de juros do crédito concedido no sistema financeiro foi, em setembro de 2015, de 29,3%. O spreed – diferença entre a taxa cobrada pelo crédito e aquela paga pela instituição quando capta recurso – foi de 18,5%. Em outras palavras, ganho real muito elevado nessa linha de operações.
