Edição: 55
O DIEESE – Rede Bancários analisou indicadores de resultados da Caixa, setembro de 2015 (disponível em http://www.apcefsp.org.br/portal/sp/informacoes/noticias/veja-analise-do-diesse-do-lucro-da-caixa-no-terceiro-trimestre.htm). Lucro Líquido de R$ 6,5 bilhões no terceiro trimestre de 2015, resultado 23,3% superior ao do mesmo período de 2014, R$ 5,2 bilhões. Contribuiu significativamente para tanto o crescimento das receitas com prestação de serviços, com montante de R$ 15,1 bilhões até setembro de 2015, valor 12,26% superior ao acumulado até setembro de 2014, R$ 13,4 bilhões. Em cada ano, 33% dessas receitas têm origem em serviços ao Tesouro (FGTS, PIS, Loterias, Seguro-Desemprego, entre outros).
Números da Caixa – Dispêndio com pessoal
A Caixa informa que alcançou 82,4 milhões de clientes em setembro de 2015, mais 5,3 milhões “conquistados em 12 meses”, segundo o banco. E o quadro de pessoal? Bem, neste caso o sinal é negativo. No terceiro trimestre de 2015, 97,7 mil empregados concursados e 15 mil estagiários e aprendizes. O número é inferior ao de dezembro de 2014. Há 3,8 mil postos de trabalho a menos. O dispêndio em 12 meses cresceu 11,28%, mas a rubrica de maior variação proporcional é a de indenizações trabalhistas, com 57,95%, R$ 882 milhões. Se essa rubrica fosse desconsiderada, a variação da despesa alcançaria 9,16%, menos que a inflação e porcentual inferior à metade do crescimento declarado de lucro.
Receitas de prestação de serviços e despesas com pessoal
As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias na Caixa, embora em níveis mais modestos que os de outras instituições financeiras, superam o montante do dispêndio com pessoal. No terceiro trimestre de 2015, por exemplo, para cada real com pessoal havia um real e três centavos em receitas. Assim, para honrar a folha não são necessários os ganhos com intermediação financeira, atividade-fim de uma instituição bancária. Bastam as tarifas que, conforme tabela 1, acima, somam R$ 15,1 bilhões.