Edição: 103
Balancetes publicados pela FUNCEF revelam que a rentabilidade consolidada, período janeiro- outubro de 2016, foi de 9,4%. Índice animador, se que é assim pode ser tratado, mas abaixo da taxa mínima atuarial (meta) entre 11,24% e 11,36% (tabela 1). Contribuiu significativamente o IBOVESPA, índice de referência para parte da carteira de renda variável, ao saltar dos 42.141 pontos em janeiro a 64.924 em outubro, valorização de 54,06%.
A ver o que resta do ano, quem sabe com déficit pouco menor.

Déficit

E por falar em déficit, no consolidado dos planos a conta chega a R$ 16 bilhões, total R$ 3,6 bilhões mais elevado em relação ao de 2015, R$ 12,3 bilhões. Quando do balanço anual esse montante deve sofrer ajustes: carteira de imóveis e participação no Fundo Carteira Ativa II, Cia. Vale, dois dos ativos mais significativos, têm seu valor dado ao final do período. Por enquanto, não se tem claramente sinalizada a necessidade de novo plano de equacionamento, ano-base 2016, que se iniciaria em 2018.

Contribuição da Caixa para elevar o déficit segue vitaminada

Apenas em 10 meses, mais R$ 385,6 milhões na conta da perda provável com condenações judiciais, que agora alcança a bagatela de R$ 2,3 bilhões! Lembrando: em mais de 90% dos casos, trata-se de demanda de empregado contra o empregador Caixa pelo reconhecimento de parcelas salariais, a maior delas CTVA. Reconhecido o direito do trabalhador, se há impacto no valor do benefício de previdência é necessária a integralização da reserva para honrar a diferença. Se não integralizada, a conta vai a todos os participantes do respectivo plano. Neste caso, saída imediata de dinheiro. Não há conjuntura, IBOVESPA, taxa de juros que dê jeito.

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