Edição: 87
Trabalho do DIEESE Rede Bancários registra que de janeiro a julho de 2016 houve 20.531 demissões e 12.634 admissões nos bancos brasileiros. Resultado: 7.897 postos bancários menos. A remuneração média dos admitidos é de R$ 3.647,46, o que equivale a 55,3% da remuneração média dos demitidos, R$ 6.590,78. As instituições financeiras economizam em quantidade e em custo médio. O segmento “caixas econômicas” do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) registra menos 1.914 postos de trabalho. Lembrando: a Caixa Econômica Federal, que em 2014 assinava a carteira de 100.677 trabalhadores, havia encolhido a 97.458 contratados em dezembro de 2015.
Quase aposentados
O mesmo trabalho indica que os mais velhos são os escolhidos para deixarem a categoria. Na faixa etária entre 50 e 64 anos estão 5.249 dispensados, ou 25% do total. Seria quase natural, fim de carreira, alguns já aposentados, mas vale o anúncio. Se vingar a pretensão de idade mínima de 65 anos para a aposentadoria – ou 62 anos, se mulher – boa parte dos bancários descartáveis terão de se virar na fila dos que buscam emprego.
Desemprego em alta
Redução de postos de trabalho não é privilégio dos bancários. A Pesquisa de Emprego e Desemprego do DIEESE e instituições parceiras, edição (junho de 2016, aponta crescimento nas taxas em um ano. Em Salvador (BA) alcança impressionante 24,8% da população economicamente ativa. Há os que defendam a política de contração econômica sustentada pela elevação da taxa básica de juros, com o que se pretende conter a inflação, segundo eles o maior castigo para o assalariado. Maior castigo? Seria, sem dúvida, exceto pela existência daqueles cuja fonte de renda foi eliminada pela contração econômica.