Edição: 22/10/2014
Você trabalha na Caixa há mais de 12 anos? Conhece alguém que foi admitido antes de 2002? Se respondeu “sim” a uma destas questões deve se lembrar da situação do banco naquele período.
Muitos empregados admitidos depois de 2002 não têm conhecimento da política econômica do governo naqueles tempos para a Caixa e para o País. Por isso, é preciso resgatar a história para que ela não se repita.
No governo de Fernando Henrique Cardoso e do PSDB, entre 1995 e 2002, os bancos públicos passaram por um processo de desmonte sem precedentes. A regra era enfraquecer para privatizar. Armínio Fraga, que presidiu o Banco Central no período, ajudou a vender Banespa, Banerj, Banestado, Bemge, Baneb, Bandep e Paraiban, entre outros, com a demissão da maioria dos trabalhadores destas instituições.
No caso específico da Caixa, o número de agências e postos de atendimento chegou a ser de apenas 2.082 em 2002. Quando FHC e o PSDB assumiram a presidência, em 1995, havia 76 mil empregados no banco, total que caiu para 53 mil sete anos depois. Ainda no período, um estudo encomendado pelo governo apontou a ineficiência dos bancos públicos, propondo fusões e privatizações.
Para viabilizar o projeto de desmonte do banco, o governo do PSDB desferiu pesados ataques aos empregados. Instaurou-se um clima de medo com a criação da RH 008, instrumento utilizado para demitir empregados sem justa causa. Os processos de demissão chamados voluntários (PADVs) vinham acompanhados de ameaças: quem não aderisse ao plano poderia ser demitido pela normativa.
Empregados foram contratados com direitos rebaixados; implantou-se o REB na Funcef para reduzir os custos com as aposentadorias; instituiu-se o PAMS Caixa, com a participação de até 50% das despesas médicas custeadas pelos novos empregados, entre outros ataques aos direitos dos trabalhadores. Tudo isto acompanhado de reajuste salarial zero.
A partir de 2003, com a eleição de Lula e Dilma, os bancos públicos conseguiram se reerguer. Os números de lá para cá reforçam que o Brasil precisa de bancos públicos fortes, comprometidos com políticas públicas capazes de estimular a economia e, ao mesmo tempo, reduzir as desigualdades sociais.
O lucro líquido da Caixa, por exemplo, foi de R$ 6,7 bilhões no ano passado, 235% a mais que em 2002. Em 2013, as operações de crédito alcançaram R$ 494,2 bilhões. Só em financiamentos habitacionais foram R$ 270,4 bilhões, alta de 900% em 11 anos, o que possibilitou que milhões de brasileiros realizassem o sonho da casa própria.
Os avanços só foram possíveis graças ao reconhecimento de um governo democrático-popular que passou a valorizar o empenho e o compromisso dos empregados.
Entre 2003 e 2014, merecem destaque a ampliação do número de trabalhadores contratados, os aumentos salariais sempre acima da inflação e a reconquista de direitos retirados em anos anteriores.
Ainda é preciso avançar. Além de modernizar a relação com os empregados, é necessário que a Caixa se esforce no sentido de remover esqueletos como a flexibilização da jornada, o assédio moral e as metas que extrapolam a capacidade laboral e adoecem os trabalhadores.
Trocamos a luta de resistência pela luta por mais direitos. E não queremos o passado de volta. Entre os dois projetos apresentados ao País neste momento, os lados estão bem definidos: Dilma Rousseff luta pelo fortalecimento dos bancos públicos (e já provou que isto pode ser feito) e o outro candidato defende a “correção de rumo” na área dos bancos públicos no Brasil e ressalta que “não sabe muito bem o que vai sobrar no final da linha, talvez não muito” (e também já deu provas de que pode conseguir este feito).
O apoio à reeleição da candidata Dilma Rousseff à Presidência da República foi aprovado na 16ª Conferência Nacional dos Bancários e no 30º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef) por entender que o Brasil não pode regredir aos anos 1990, tempo de altas taxas de desemprego e de perdas de direitos importantes, principalmente para os trabalhadores de bancos públicos.
Queremos o fortalecimento dos bancos públicos e não o retrocesso. Queremos a continuidade de um governo democrático e popular, que demonstrou nos últimos 12 anos que está ao lado dos trabalhadores.
O modelo de Caixa que defendemos para os próximos anos é o de uma instituição pública que cresce e, cumpre suas funções sociais no País e gera oportunidades a seus trabalhadores.
Diretoria Executiva da APCEF/SP
Gestão Nossa Luta
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• Paulo Henrique Correa, caixa na ag. Presidente Getúlio Vargas, em Indaiatuba, deseja permuta para agências em Joinville, Santa Catarina. Contato: (19) 98835-9593 / (11) 3295-3820.
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Festa para as crianças em todos os espaços
A APCEF/SP organizou comemorações bem divertidas em todos os espaços no fim de semana do Dia das Crianças: no clube da capital, no litoral (em Ubatuba e Suarão) e no interior (em Campos do Jordão e Avaré).
Workshop de dança para os aposentados
Ninguém ficou parado na terceira edição do APCEF/SP de Portas Abertas, realizado dia 8, na sede da Associação.
Teve workshop de dança de salão, troca de livros e comemoração dos aniversariantes do mês.
Entrega de prêmios do Concurso de Desenho
A premiação do Concurso de Desenho Infantil aconteceu no sábado, dia 18, durante uma grande festa no Buffet Planeta Kids. A criançada brincou muito nas dezenas de atrações e se divertiu com a apresentação do Mad Science.
Portas Abertas traz palestra sobre saúde bucal
A saúde bucal será tema da palestra na próxima edição do APCEF de Portas Abertas, encontro mensal realizado pela APCEF/SP para os aposentados. O evento acontece em 5 de novembro, quarta-feira, a partir das 14 horas, na sede da Associação.
Com o tema “Sorria Mais na Melhor Idade”, os associados poderão aprender como tratar corretamente da saúde da boca de modo a prevenir e evitar doenças.
E, após a palestra, haverá a tradicional troca de livros, o lanche da tarde e, claro, a comemoração dos aniversariantes do mês.
Para participar é preciso fazer a inscrição até 31 de outubro, sexta-feira, pelo telefone (11) 3017-8358 ou pelo e-mail convites@apcefsp.org.br.
Podem participar aposentados associados ou aposentados dependentes de empregados associados da ativa (pais, mães, sogros e sogras).
Visite o Theatro Municipal ao lado dos seus amigos
Na próxima edição do APCEF nos Passos da Cultura, os associados mergulharão na história de um dos cartões postais da cidade de São Paulo: o Theatro Municipal.
Após a visita, o almoço será no Bar Brahma, localizado no famoso cruzamento da Avenida Ipiranga com a Av. São João.
Quer participar? Então, anote na agenda e inscreva-se!
O passeio acontece em 21 de novembro, sexta-feira, a partir das 9h30. A saída para o passeio será da Rua Conselheiro Crispiniano.
Inscrições até 14 de novembro, sexta-feira, pelo e-mail convites@apcefsp.org.br. Informações pelo telefone (11) 3017-8358.
Em novembro tem festa em Ubatuba e Suarão
Duas grandes festas estão sendo organizadas nas Colônias de Ubatuba e Suarão no próximo mês. No litoral norte, em Ubatuba, tem Festa Tropical em 22 de novembro, sábado, e no litoral sul, em Suarão, acontece a Festa do Havaí.
Que tal, portanto, reunir a família, os amigos e entrar no clima da estação mais quente do ano?
Para reservas e informações em Ubatuba, ligue (12) 3834-1450 ou (12) 3834-1451. Em Suarão, ligue (13) 3426-3860 ou (13) 3422-1136.
Festa terá show de passistas e ritmistas de escolas de samba
Desconto na compra antecipada de convites e mesas
A tradicional Festa do Chope realizada pela APCEF/SP já tem data marcada: acontece no dia 15 de novembro, sábado, a partir das 22 horas, no ginásio do clube da Associação, em Interlagos, na capital.
Para deixar o clima ainda mais animado, o som vai ficar por conta da banda San Marco, com ritmos pra lá de dançantes, ritmistas e passistas de escolas de samba de São Paulo!
Na compra antecipada do convite individual, associado ou dependente paga R$ 30 e convidado, R$ 40. Na bilheteria do evento, os convites custarão R$ 40 para associado ou dependente e R$ 50, convidados.
Também podem ser compradas mesas com quatro lugares. O valor fica R$ 100 para associado ou dependente e R$ 150, convidados.
Compras e informações podem ser feitas no Departamento de Eventos pelo telefone (11) 3017-8358, e-mail convites@apcefsp.org.br ou na secretaria do clube, pelo telefone (11) 5613-5600.
O papel social da Caixa no País
Outro ponto destacado durante o seminário “A Caixa Que a Gente Quer” foi a importância de manter o papel social do banco.
Entre 2002 e 2013, os números financeiros e econômicos revelam que o lucro líquido cresceu 235%, passando de R$ 2 bilhões para R$ 6,7 bilhões. Como resultado do fortalecimento da Caixa como banco público e com forte papel social, as operações de crédito alcançaram R$ 494,2 bilhões no ano passado, alta de 36,8% na comparação apenas com 2012.
Este crescimento, porém, não foi registrado apenas no segmento de lucros e receitas, mas também em relação a investimentos em áreas como habitação, infraestrutura e saneamento básico.
Merece destaque o saldo das operações de financiamento habitacional. Em 2002, foram R$ 26,9 bilhões. Em 2013, os recursos chegaram a R$ 270,4 bilhões. Alta de 900%. Graças a esse incremento, milhões de famílias brasileiras realizaram o sonho da casa própria.
Ao priorizar setores como habitação, saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços, a Caixa exerce papel fundamental na promoção do desenvolvimento urbano e da justiça social do País.
Saldo de Financiamento Habitacional
(em bilhões de reais – valores corrigidos a dezembro de 2013)
A Caixa que a gente quer
Em setembro, a Fenae realizou o seminário “A Caixa Que a Gente Quer” sob a coordenação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O evento contou com a participação de representantes das APCEFs de todo o País e debateu a evolução do banco nos últimos anos e o futuro da empresa e dos empregados.
Foram apresentados dados comparando-se resultados de períodos neoliberais e governos trabalhistas. Entre os destaques, o crescimento do número de agências da Caixa: de 2.082 em dezembro de 2002 a 4.012 em dezembro de 2013. Nos dois governos neoliberais – 1995-2002 – o saldo foi de 88 unidades a menos; no governo atual, de perfil trabalhista, 1.930 unidades a mais.
O número de clientes também cresceu, e muito, de 2002 a 2013. Em 2002, a Caixa contabilizava 23,1 milhões de clientes. Em 2014, o número cresceu para 71,7 milhões, 210% a mais.
Número de agências da Caixa em dezembro do ano indicado
Fonte: Caixa Econômica Federal
Elaboração: Dieese – subseções Fenae e APCEF/SP
Empregados da Caixa só passaram a ter aumento real a partir de 2004
De 1995 a 2003, anos em que o País estava sob o comando do PSDB, houve uma grande defasagem entre os reajustes salariais e o índice oficial de inflação, como pode ser visto na tabela ao lado. Assim como os demais trabalhadores do segmento bancário, os empregados da Caixa Econômica passaram a ter aumento real somente a partir de 2004, quando o governo passou a ter um projeto diferente para o banco.
Com o reajuste de 9% na tabela salarial da Caixa neste ano, desde 2004, quando se iniciou o período com registro de ganhos reais sem exceção de ano algum, o reajuste acumulado é de 245,65% ante INPC de 211,39%.
PLR
Também a partir de 2004, com o cumprimento pela direção da Caixa da Convenção Coletiva dos Bancários, os empregados passaram a receber um valor referente à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e registraram ganhos ainda maiores durante as campanhas salariais. O pagamento da PLR Social, desde 2010, foi outra grande conquista dos trabalhadores da Caixa.
Neste ano, por exemplo, um empregado da Caixa com salário de R$ 2.500 recebeu R$ 4.559,01 somente de antecipação da Participação nos Lucros e Resultados.
Vale-alimentação
O vale-alimentação passou a ser pago aos trabalhadores da Caixa em 2002. Na época, o valor recebido mensalmente era de R$ 50.
A partir de 2004, quando a campanha salarial passou a ser unificada com toda a categoria bancária e a Caixa passou a cumprir a Convenção Coletiva dos Bancários, o valor foi igualado ao pago aos demais bancários gradativamente.
Com isso, o reajuste acumulado, de setembro de 2002 a setembro de 2014, é de 762,32%.
aqui e confira a edição completa do jornal n.1.104, de 22 de outubro.