A direção da Caixa manteve a postura inflexível em reunião com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), em mesa de negociação permanente, na terça-feira, dia 15, em Brasília.
Em todos os momentos os representantes do banco demonstraram a má vontade em dialogar com os empregados.
Greve – a revogação da falta injustificada, aplicada aos empregados que aderiram aos manifestos e greves gerais de 28 de abril e 30 de junho, foi respondida pela Caixa meramente como uma intenção de negociar, mas não apresentou proposta.
RH 037 – sobre o RH 037, que trata da contratação de bancários temporários, a direção do banco afirmou que não tem intenção de trabalhar com temporários, porém não demonstrou disposição em revogar a norma.
Verticalização – quanto à verticalização, a Caixa ainda não informou oficialmente os dados sobre fechamentos de agências, apenas diz que serão encerradas as atividades de 100 unidades em todo país.
PDVE – a direção do banco foi categórica ao afirmar que não haverá reposição de empregados devido à adesão ao Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE).
GDP – a Caixa deu como prazo até o final do mês para os empregados assinarem os acordos individuais de metas, conforme o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) ampliado na empresa. Para a CEE, a Caixa apenas afirmou que irá fornecer orientações mais claras sobre o processo.
Caixas – informou, ainda, que há 12.180 empregados que mantém a função de caixa efetivo, mas que só no mês de junho foram realizadas 22 mil aberturas de caixa-minuto, confirmando a política de gestão de extinção de função, descomissionamento e redução de folha de pagamento adotada pelo banco.
Funcef – além disso, a CEE propôs debate quanto a situação do contencioso da Funcef e entregou aos representantes da Caixa o Relatório do Contencioso, elaborado pela Fenae e Contraf-CUT. Há um passivo trabalhista da Caixa que impacta nos planos de benefícios que representa um risco para a sustentabilidade dos planos.
Avaliador de penhor – foi prorrogado o prazo para o pagamento do adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor. As entidades devem apresentar os estudos, quanto as condições de trabalho destes empregados, até o final deste mês.
Gerentes de canais- a Comissão reivindicou o pagamento de ajuda de custo para os gerentes de canais, que têm gastos elevados com deslocamento para realizar suas atividades.
Com informações da Fenae e Seeb/SP