Edição: 65
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD), realizada pelo IBGE, registra taxa de desocupação crescente em 2015. A contração econômica explica. Caem consumo, produção e emprego. Vozes desenvolvimentistas que apoiaram o projeto defendido por Dilma Rousseff na disputa de 2014 foram contraponto à política capitaneada por Joaquim Levy no primeiro ano do segundo mandato da presidenta. Os desenvolvimentistas miram o indicador com preocupação. Os neoliberais, simpáticos a Levy, miram com euforia: para eles, mais desempregados significa oferta de mão de obra superior à demanda, portanto mais barata. O ministro foi substituído. Portanto, espaço para que em 2016 a política de governo da presidenta incorpore as teses da então candidata.

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Rendimento médio

A mesma pesquisa apura rendimento médio de todos os trabalhos, habitualmente recebidos por mês, por pessoas com 14 anos de idade ou mais. No primeiro trimestre de 2012, esse valor alcançava R$ 1.433,00. No último trimestre de 2015, R$ 1913,00. A variação nominal foi de 33,5%. A inflação do período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), foi de 32,5%, um ponto porcentual menos. Não dá para dizer que não houve ganho real. Houve, mas muito modesto: 0,74%.

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Rendimento do empregado doméstico

Há pouco, o trabalhador doméstico teve alguns dos direitos dos demais trabalhadores reconhecidos, embora a racionalidade permitisse concluir que, se trabalhador, o direito deveria ser reconhecido desde sempre. A grita de empregadores foi elevada. Sabe-se que a maior parte dos empregados do segmento são “informais”. Informal, no caso, é eufemismo para a ilegalidade. O rendimento médio, de toda forma, é ruim. Muito ruim. Em nenhum trimestre, desde 2012, ele equivalia ao salário-mínimo.

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