Edição: 44
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador para reajuste salarial de trabalhadores do setor privado e de algumas empresas públicas, Caixa aí incluída, apresentou variação acumulada de 9,88% no período de doze meses encerrado em 31 de agosto de 2015. É o maior índice desde a data-base 2004. Se conquistada a reivindicação da categoria bancária, de reajuste de 16%, o ganho real em setembro de 2015 será de 5,57%. Mas com inflação alta, a dificuldade é maior para ganho real, conta a experiência. De toda forma, trata-se do setor financeiro, ramo de atividade em que nunca há prejuízo para o patrão, nem mesmo quando o banco quebra.

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Inflação segundo o IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência para a política de metas de inflação, totalizou variação de 9,53% no período de 1º de setembro de 2014 a 31 de agosto de 2015. Maior impacto se registrou no Grupo Habitação, com 17,58%, o que inclui aluguel, tarifas, prestação de casa, entre outros itens de produtos e serviços. Alimentação e Bebidas cresceu 10,64%, elevando-se acima do índice geral. Preocupação adicional com esse grupo, uma vez que o impacto de produtos e serviços de alimentação e bebidas é tão maior quanto menor for a renda mensal da família.

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Plano Plurianual

O Governo Federal encaminhou em agosto ao Congresso Nacional a proposta de Plano Plurianual (PPA), período 2016-2019. O PPA, que deve ser apresentado sempre no primeiro ano da gestão, define objetivos estratégicos e metas de investimentos para os quatro anos seguintes. Trata-se de parâmetro para a elaboração do orçamento anual. Inclui, em sua apresentação, estimativas de indicadores macroeconômicos. Se confirmadas as variações indicadas, o Brasil crescerá em ritmo modesto até 2019. O que não será modesta é a taxa básica de juros (SELIC), que proporcionará ganho real entre 5,5% e 6,5% ao ano aos rentistas. Com uma taxa dessas, para que se preocupar em fabricar parafusos, não?

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