Edição: 73
Estudo do DIEESE Rede Bancários indica que a remuneração dos bancários vem alterando sua composição. Perde espaço a remuneração fixa direta, que soma salários, décimo terceiro, anuênio, gratificações, e cresce a remuneração variável. Mantém-se relativamente estável a remuneração fixa indireta – auxílios alimentação, creche, refeição. Cresce a remuneração variável, baseada na participação em lucros e resultados. Naturalmente, custos menores para as instituições financeiras e, para os trabalhadores, renda condicionada a metas e não incorporada quando da aposentadoria.

O cliente é o bancário

A quantidade de bancários contratados pelos bancos se reduz constantemente. Comparando-se primeiro trimestre de 2015 a0 mesmo período de 2011, Itaú-Unibanco, Bradesco, Santander e HSBC fecharam mais de 30 mil postos de trabalho. O campeão foi o Itaú, com o facão alcançando 20.541 postos. Além da incorporação de instituições, que representa demissão em massa, o investimento em tecnologia feito pelas instituições financeiras está, definitivamente, transformando o cliente em bancário. No primeiro semestre de 2015 as agências responderam por 6,48% das transações. Interne e telefone, somados, alcançam 58%.

Remuneração média e ganho dos bancos

A remuneração real média dos bancários em dezembro de 2001 era de R$ 6.647,93 (valor atualizado a dezembro de 2015 pelo INPC-IBGE) e, em dezembro de 2015, R$6.908,74. O crescimento real foi de 3,92%. É prática das instituições financeiras a rotatividade sem dó e, em regra, o admitido recebe bem menos que o bancário que se desliga. Indicadores mostram números generosamente favoráveis a elas. A esperada choradeira dos bancos em mesa de negociação de setembro, acentuada em períodos em crise, não passa disso: choradeira

Compartilhe: