Membros eleitos do Conselho de Usuários do Saúde Caixa voltaram a reivindicar da Caixa Econômica Federal medidas para solucionar os problemas de gestão do plano de saúde dos empregados do banco e promover melhorias no atendimento aos usuários. A cobrança foi feita em ofício protocolado nos últimos dias. Outro documento relatando as mesmas dificuldades já havia sido encaminhado em 27 de dezembro do ano passado
No documento, protocolado no dia 27 de março na Diretoria de Gestão de Pessoas (Depes) e na (Superintendência Nacional de Quadro de Pessoal Remuneração e Benefícios (SURBE), e no dia 2 de abril na Vice-Presidência de Gestão de Pessoas, os conselheiros relatam as principais queixas referentes ao plano. Entre elas, espera de até três meses por liberação de autorizações prévias (médicas e odontológicas); atrasos no reembolso, sem qualquer esclarecimento; e diferença na cobrança de participação acima do teto máximo.
Confira a íntegra do ofício.
Reestruturação
A estrutura de gestão do Saúde Caixa está sendo seriamente impactada com a reestruturação em andamento nas áreas de Gestão de Pessoas. Os membros do Conselho defendem a suspensão deste processo e que ocorra a liberação das representações e gerências de filial para atendimento dos usuários. Segundo eles, “este acesso está impedido, por deliberação da matriz, sendo o direcionamento restrito aos canais de atendimento eletrônico, que não tem dado vazão às demandas”.
Com isso, os usuários sofrem com a demora nos atendimentos, morosidade nas liberações de autorizações e falta de retorno sobre documentações enviadas e prazo para regularizações. Outro ponto destacado, no ofício, refere-se às falhas no sistema de gestão do plano de saúde, o SIAGS, que vem sendo apontadas desde 2016. As inconsistências, não solucionadas, geram fragilidades nos dados disponíveis. O mais grave é o não desconto ou o desconto incorreto de mensalidades, gerando reclamações.
A Central de atendimento, implantada em junho de 2017 para atender uma exigência da Agência Nacional de Saúde (ANS), está desde a sua implantação atuando de forma precária, com insuficiência de pessoal para dar tratamento satisfatório a todas as demandas que migraram das Gipes de todo o país, o que foi agravado com a aceleração do processo de restruturação.
“Os membros do Conselho têm recebido inúmeros pedidos de apoio do país todo. Estamos extremamente preocupados e, assim como os usuários, reiteramos a profunda indignação quanto ao tratamento que todos estão submetidos em decorrências das decisões que acabaram por gerar e determinar as situações ora relatadas neste documento”, frisam no documento os representantes dos empregados da Caixa.
Os conselheiros reivindicam ainda a “imediata reabertura de grupos de estudo compostos por empregados das Gipes, que de fato entendem dos processos para subsidiar com consistências de dados e fatos, que possam embasar uma cuidadosa e cautelosa tomada de decisão sobre o funcionamento e gestão do plano de saúde dos empregados da Caixa e a atuação Gipes, bem como seja discutido com a instância representativa dos empregados, a CEE/Caixa, a reestruturação das Gipes”.
Segundo a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus, não é de hoje que as entidades representativas dos empregados da Caixa têm denunciado e cobrado da direção do banco melhorias na gestão e no atendimento aos usuários. “O plano de saúde é uma conquista da luta do movimento dos empregados e nós buscamos sempre o seu fortalecimento e uma gestão transparente”, assegura.