Em julho de 2004, o atual modelo de custeio do Saúde Caixa foi implementado, após intenso debate com os trabalhadores. Desde então, a Caixa paga 70% das despesas assistenciais e aos usuários cabem os outros 30%. Esse modelo, que mostrou-se sustentável e superavitário aos longo dos anos, pode mudar em breve.

Mensalidades mais altas, cobranças por faixa etária, exclusão dos aposentados, dos pais e dos filhos acima de 24 anos estão entre as mudanças que podem vir para prejudicar os trabalhadores.

Em janeiro, o Ministério do Planejamento publicou as resoluções CGPAR nº 22 e 23, com determinações para que empresas estatais reduzam despesas com assistência à saúde de seus trabalhadores. No mesmo mês, o Conselho de Administração da Caixa alterou o estatuto do banco de acordo com essas resoluções.

As normas são válidas para todas as empresas públicas do país. Trabalhadores do Banco do Brasil, Correios e Infraero já estão sofrendo com as alterações. “O Acordo Coletivo dos bancários da Caixa garante o modelo atual do plano de saúde até 31 de agosto”, reforçou o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra. “Depois desta data, não se sabe como irá ficar”, alertou.

Principais mudanças após publicação das normas da CGPAR – Entre as mudanças previstas após o encerramento do Acordo Coletivo 2016/2018 estão: a Caixa passará a desembolsar no máximo 50% do total das despesas do plano (os empregados pagarão a diferença); a não admissão de novos usuários; os empregados desligados por aposentadoria não terão mais direito ao plano de saúde; pais e filhos acima de 24 anos também não terão direito; haverá carência e cobrança de franquia para determinados procedimentos.

Campanha Nacional – Uma dos principais lutas dos empregados da Caixa durante a Campanha Nacional dos Bancários deste ano será a manutenção do plano de saúde nos moldes que é praticado atualmente. Acompanhe em nossas publicações, site e redes sociais as atividades propostas e participe. “Só a união e a mobilização dos trabalhadores pode garantir a manutenção dos nossos direitos”, reforçou o diretor-presidente da APCEF/SP.

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