Esta pergunta parece tão estranha a princípio, tão óbvio querermos salvar uma criança, indefesa, frágil, inocente, preciosa como Heitor. Não precisamos nem ver uma linda foto do pequeno, basta saber que é um bebê precisando de ajuda e pronto, o motivo está aí.

Porém hoje, 11 de março de 2021, acabo de saber que nas últimas 24 horas houve 2.349 mortes de Covid-19. Não imaginávamos que chegaríamos a isto um ano depois do início da pandemia no Brasil e já tendo alguns meses vacina no mundo, sendo que o nosso país conseguiu a aprovação de uma vacina própria, há 2 meses. Você que votou no professor, você que votou no economista, no banqueiro, você que votou no ativista, ou no cabo, você que votou no Bolsonaro… Você que está lendo agora, não imaginava isso, imaginava? Que aquele voto elegeria alguém que estaria à frente do país para nos organizar e enfrentar uma crise como esta? Eu não. Já temos crianças partindo de Covid também, ao contrário do que se imaginava no início do avanço da doença. Cada um de nós tem um ou mais histórias muito próximas com essa desgraça em forma de vírus, estranhamente mais potente aqui do que no resto do mundo.

E então passa em sua timeline, ou no seu WhatsApp, um texto, uma foto, um card com um número de conta ou um PIX pedindo ajuda para somar milhões de reais para ajudar uma pessoa. Uma pessoinha. O Heitor. Isso nos confunde porque todos os dias devíamos estar salvando, enquanto sociedade, muito mais gente que isso, seja com vacina, seja impedindo que perigosos remédios ineficazes fossem propagandeados por chefes de estado, seja simplesmente pelo exemplo do abandono da máscara nas coletivas de imprensa. Não era para ninguém ter sido assassinado por falta de oxigênio no norte do país, ou morrido em agonia por falta de sedativos. Não era para ter faltado insumo e deixado nossos profissionais de saúde com aventais furados, e luvas ruins, ou sem elas. O Heitor precisa de ajuda em meio ao maior caos da nossa história recente, mas a verdade é que não sabemos bem como resolver a questão toda.

É só juntar dinheiro e comprar vacina pra todo mundo? Ou por algum motivo estranho alguém pode vetar isso? Ou mesmo criar lendas que façam com que pessoas mais suscetíveis a teorias conspiratórias criem um movimento para que a vacina simplesmente não seja aplicada? Não sabemos como respirar nesse mar de crise. Temos ideias de como fazer para sair dela, mas fato é que cada um está pensando de um jeito e não conseguimos tomar um rumo, sendo que cada um de nós, só, nada consegue, e dorme e acorda ouvindo notícias piores, frustrados. Estamos vivendo todas as crises e não sabemos resolver.

Com tudo isso acontecendo, e mais inocentes morrendo nessa roleta russa insana com tiros que ninguém ouve e ninguém vê, o Heitor segue uma batalha única, com mais algumas crianças como ele, vivenciando o que nem sabe fora de casa, e sua luta diária contra uma doença que veio com ele pra esse mundo, e que ele precisa vencer.

Eu penso que ajudar o Heitor é salvar um pouco cada um de nós.

Ele tem um diagnóstico, que tem um remédio, que tem um preço. Um absurdo! Pensar que a saúde do Heitor tem um preço no sistema que nada tem a ver com os insumos do remédio que ele precisa, mas apenas da especulação da indústria que precisa manter seus altos índices de lucratividade, para continuar atrativa na bolsa de valores (existem diversos documentários a respeito, muito interessantes, e revoltantes). De toda maneira, isso não importa agora, porque também não sabemos resolver a especulação da indústria farmacêutica, mas nós sabemos como fazer para ajudar o Heitor. Nós temos um caminho desenhado no chão, que mostra direitinho o jeito de chegar no remédio do Heitor.

O Heitor tem pouco mais de 1 ano para tomar um remédio que custa 12 milhões de reais, ou não poderá mais tomar, e a doença avançará ainda mais. Ele já arrecadou quase 3 milhões de reais, então faltam 9. A família do Heitor entrou na Justiça, mas foi negado o pagamento do remédio pelo poder público, então esse caminho já deu numa parede. Nós precisamos comprar o remédio do pequeno, porque um bancário da Caixa como o pai dele, não tem todo esse valor. Nenhum de nós tem isso. Nós precisamos nos unir e cada um dar uma parte do remédio do Heitor. Um zilhonézimo de miligrama que seja, mas cada um de nós precisa comprar uma partícula de remédio e juntar na dos outros, formando uma quantidade que só funciona junta.

O Heitor é a salvação de uma sociedade que não sabe mais cuidar de si. Ele pode provar que nós podemos fazer isso juntos, que nós somos unidos, temos amor, empatia, nos importamos, somos a imagem de um Deus que se importa, não que abandona. O Heitor pode nos salvar, no meio desse caos absoluto, cheio de tristezas diárias, de pedidos de socorro que não podem ser atendidos a tempo, cheio de desespero e solidão. Mas o Heitor, esse bebê meigo de olhar carinhoso tem um poder especial! Ele pode encher nosso coração de esperança, amor, vontade de apertar, de abraçar, de amar! Ele nos une em torno de algo que nos permite respirar ar puro, afinal, se todo mundo fizer parte, e o Heitor tomar o remédio, você vai ou não vai ter mais fé na humanidade? Vai ou não vai renovar sua esperança em tempos melhores?

Ajudar o Heitor pelo Heitor já é incrível, mas hoje, ajudar na luta do Heitor, nos salva do caos.

:: Para saber mais, acesse a página Ame Heitor no Instagram ou faça uma doação (Heitor Moreira Melo, CPF: 171.757.114-09, PIX – Chave (CPF) – 171.757.114-09).

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