Em várias regiões do Estado e, também, do País, a Justiça reconheceu aquilo que a APCEF e as entidades representativas dos empregados já vinham alardeando e combatendo: trabalho no sábado é ilegal. Liminares garantiram a não abertura de inúmeras agências no último dia 12, País afora.
Não fosse a atitude arrogante da direção do banco em não reconhecer o que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) deixa claro referente ao trabalho bancário – a qual determina jornada de seis horas, de segunda a sexta-feira -, muitos trabalhadores teriam tido um fim de semana normal, de descanso, que é um direito seu.
Descaso da Caixa – em 26 de abril, representantes da Contraf-CUT, da APCEF, da Fenae e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região reuniram-se com a diretoria da Caixa e posicionaram-se contrários à abertura das agências em 12 de maio, por considerá-la ilegal.
Na ocasião, pediram a revogação da orientação, o que não foi atendido pela Caixa, embora a empresa tivesse se comprometido a analisar a reivindicação após o encontro.
“A atitude da Caixa acarretou, além de desrespeito ao direito de descanso do bancário, prejuízo à imagem do banco perante a população, que ficou sem o atendimento alardeado pela imprensa, por ordem judicial”, comentou o diretor-presidente da APCEF, Sérgio Takemoto.
Paralisação no Estado – na capital, uma liminar concedida ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região impediu a abertura das 48 agências escaladas para atendimento no sábado, dia 12.
No ABC, uma liminar movida pelo Sindicato dos Bancários da região garantiu o descanso dos trabalhadores.
No interior, os empregados da agência Ribeirão Preto contaram com a pressão e a participação efetiva dos representantes da APCEF e do Sindicato dos Bancários, que não permitiram a abertura da unidade.
Também no interior, o clima foi tenso em frente à agência Catanduva, principalmente depois da chegada do gerente de mercado da SR São José do Rio Preto, que pressionou os empregados para garantir a abertura da unidade.
Em Campinas, o fechamento das agências só foi possível depois de interferência da APCEF e do Sindicato. Além a ilegalidade da ação, a greve dos vigilantes inviabilizou o funcionamento das unidades. Diante dos argumentos da representação dos empregados, a SR decidiu não promover o atendimento no sábado.
Pelo País – liminares também garantiram o não funcionamento das agências em outros Estados, como em Santa Catarina, em Sergipe, no Rio Grande do Sul, no Ceará e no Espírito Santo.

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