Em ato na tarde de terça-feira, 5 que fechou uma das pistas da Avenida Paulista em frente ao Masp, lideranças dos trabalhadores prometeram parar o país se o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocar em votação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, da Reforma da Previdência. O projeto pode ir para o plenário da Câmara na quarta-feira, dia 13.
O coro dos trabalhadores no ato convocado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, foi “Se botar pra votar, o país vai parar”.
O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos destacou que o atual contexto político traz a persistência dos projetos dos golpistas que ressuscitaram a Reforma da Previdência. “Este ato é para marcar nossa posição contra essa Reforma proposta por governo ilegítimo. Vamos parar o Brasil se isso persistir”.
Líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Gilmar Mauro homenageou no ato os integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) que estão em greve de fome contra as alterações na Previdência Social. Ele falou sobre ocupação promovida nas terras do ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de prisão por 48 estupros de 37 mulheres, em Avaré, interior de São Paulo. “O ano não termina para quem luta. E se a reforma for à votação no dia 13, vamos ocupar a Paulista, as fábricas, as rodovias.”
Brasil é “fio desencapado” – Liderança da Associação Viva Quitaúna, em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, Francisco Moraes dos Santos destacou que é preciso união de todos os trabalhadores: “Temos de levantar nossas bandeiras e pressionar”.
A associação conseguiu, por meio do Minha Casa, Minha Vida Entidades 208 apartamentos que deverão ser entregues até o meio do ano que vem. Para Moraes dos Santos, a mídia hegemônica tem trabalhado para “manter o sono dos brasileiros”, avaliando que parte da sociedade está inerte e não reage em relação aos direitos atacados. Mesmo assim, ele considera que o país é um ” fio 220 desencapado”, e que o povo vai acordar com o choque ao pisar.
O líder do Viva Quitaúna acredita que a atual mobilização contra a reforma, pulverizada em diversos movimentos e ocupações espalhadas por muitas localidades, vai ganhar volume, até se encontrarem. “Uma hora esses movimentos se juntam, aí não tem golpista que resista”, acredita.
Fonte: por Cida de Oliveira, da RBA