O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, se gabou durante a apresentação dos últimos resultados do banco do crescimento em áreas como o crédito consignado. No entanto, a empolgação de Guimarães esconde uma realidade de metas abusivas.
Com a margem do consignável do INSS aumentando para 35%, a Caixa aumentou as metas para este tipo de crédito. Em algumas unidades quase dobrou, e separou na mensuração o consignado do INSS. Ou seja, os empregados estavam focando em outros convênios em razão do risco do Covid-19 para os aposentados e agora foi criado um novo item de meta com objetivo e GAP enormes.
“Cobrar meta de 200% e impor resultados inalcançáveis é a verdadeira face da gestão de Pedro Guimarães. Esta postura já rendeu à Caixa uma denúncia ao Ministério Público pela sobrecarga de trabalho dos empregados, que se intensificou neste período da pandemia, e que deve ter como desdobramento inclusive ações judiciais”, ressaltou o diretor-presidente da Apcef/SP, Kardec de Jesus Bezerra.
Guimarães já havia anunciado em 2019 que o crédito consignado seria um dos focos de sua gestão. Mas, pelo visto, a empreitada será feita sem pensar na saúde dos trabalhadores e dos clientes, aposentados que irão se arriscar fora de casa em tempos de pandemia.