Da Agência Fenae
Os protestos já começaram em diversas bases sindicais. Retardamento na abertura de unidades, atos e manifestações estão sendo realizados no País
Para pressionar a Caixa Econômica Federal a alterar o conteúdo da CI Suape/Surse 107/08, naquilo que a representação nacional dos empregados entende como descumprimento do acordo coletivo deste ano, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) orienta os sindicatos de bancários a intensificarem as atividades de protestos em suas bases, em preparação ao Dia Nacional de Luta, a ser realizado em 19 de novembro, quarta-feira. A mobilização de todos os empregados é a alternativa para se contrapor à intransigência da empresa na implantação dessa circular interna, nos termos em que está colocada.
País afora, diversas bases sindicais já estão realizando atividades para protestar contra o desconto dos dias parados que não forem compensados até o dia 16 de dezembro, conforme prevê a CI Suape/Surse 107/08. As mobilizações abrangem retardamento na abertura de agências e unidades, como vem ocorrendo em Pernambuco, a atos e manifestações realizados em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ). Essas atividades devem ser intensificadas nessas e outras bases sindicais por toda esta semana.
Como não houve entendimento durante a reunião com a Caixa sobre a CI Suape/Surse 107/08, que trata da compensação dos dias não trabalhadores na greve da campanha salarial deste ano, a Contraf/CUT encaminhou uma contraproposta para a empresa e aguarda a continuidade das negociações.
A orientação da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) é para que os trabalhadores cumpram a compensação, conforme foi acordado, dentro dos parâmetros legais e de razoabilidade. “Caberá à Caixa cumprir sua parte no acordo e não realizar o desconto dos dias de greve” – afirmou Jair Pedro Ferreira, coordenador da CEE/Caixa e diretor de Administração e Finanças da Fenae.
Na rodada da sexta-feira passada, ocorrida em Brasília, a Caixa limitou-se a detalhar seu entendimento sobre o conteúdo da circular interna, sem modificar sua postura em pontos que a representação dos empregados considera fundamentais. A empresa insiste em afirmar que irá descontar os dias que não forem compensados até o prazo-limite definido no aditivo à Convenção Coletiva Nacional de Trabalho de 2008/2009. Diante disso, a Contraf/CUT se recusou a abrir a possibilidade de desconto dos dias da greve e reafirmou a exigência de cumprimento do acordo coletivo em sua íntegra.
Durante a última negociação, a Caixa apresentou ainda a proposta de estender o tempo de compensação até março de 2009. Essa proposta da empresa foi rejeitada pela representação dos trabalhadores, uma vez que o prazo de 16 de dezembro foi submetido à aprovação nas assembléias e, devido a isso, não poderia ser alterado.
