O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região entregou, na sexta-feira 15, uma carta ao presidente da Caixa, Nelson de Souza, com uma série de cobranças relativas às reivindicações dos empregados do banco público. Dentre os pontos, defesa do Saúde Caixa, contratação de mais empregados e o fim das metas abusivas.
O documento foi entregue na reunião realizada pela direção da Caixa com bancários de todas as agências do estado de São Paulo. Estiveram presentes os gerentes-gerais e um empregado de cada unidade, dez superintendentes regionais, além do presidente do banco.
Junto com a entrega da carta, os dirigentes sindicais dialogaram com os trabalhadores, também sobre a questão do leilão da Lotex.
“A pauta deste encontro não foi nada além da lucratividade da Caixa. Há uma série de reivindicações relativas ao bem estar do empregado e em defesa do banco 100% público que sequer entraram na pauta, por isso é tão importante esse diálogo aqui hoje”, explicou Dionisio Reis, dirigente do Sindicato e membro do CEE/Caixa.
Palavra do presidente
Ao receber a carta, o presidente da Caixa fez um discurso afirmando que os direitos dos bancários serão respeitados durante a sua gestão.
“Com relação aos empregados, nós, em nenhum momento, vamos tirar [direitos] dos empregados. Até porque nós sabemos que o pilar de gestão de pessoas quem faz são os empregados”, defendeu.
Nelson afirmou, também, que não serão convidadas pessoas que não fizeram carreira na Caixa para assumir diretorias – ao menos por ora.
“Gente de fora, quem pode ser? O presidente, o vice-presidente… Diretor? Não tem isso. Cogitou-se que o diretor jurídico, por exemplo, fosse de fora, mas achamos que não é o momento”, disse.
Em relação à defesa da Caixa 100% pública, o presidente do banco se disse contrário à privatização ao mesmo tempo em que está “aberto a mudanças”.
Para Dionísio Reis, as declarações do presidente da Caixa devem ser levadas para além do discurso.
“O Nelson de Souza vem com esse palavreado sobre valorização do empregado, respeito ao empregado, defesa da Caixa 100% pública, mas queremos medidas efetivas, como mais contratações para evitar sobrecarga de trabalho, defesa do Saúde Caixa e o fim do desmonte que vem sendo praticado pelo governo Temer. Isso tudo somado, obviamente, ao respeito à negociação coletiva”, afirmou.
Fonte: SEEB/SP