GT saúde caixa

O GT Saúde não registrou avanços no debate sobre a proposta de metodologia para o uso do superávit do Saúde Caixa, conforme acordo firmado na campanha salarial 2014 e na mesa permanente de negociações, durante o encontro realizado na última segunda-feira, dia 24, em Brasília. Os números apresentados foram considerados insuficientes pelos representantes dos empregados para assegurar uma discussão transparente a respeito da série histórica de superávits consecutivos do plano saúde, no decorrer dos últimos seis exercícios.

Segundo Plínio Pavão, integrante do GT Saúde na condição de representantes dos empregados, apenas com a disponibilização dos dados será possível criar um debate decente que aponte para a melhoria do Saúde Caixa em nível de coberturas e de ampliação da rede credenciada e no setor de atendimento. Somente com essas informações é possível fazer um planejamento mais adequado sobre o futuro do plano.

A falta de transparência por parte da empresa na apresentação dos números é apontada como uma das maiores queixas. Para Jaílson Bueno Prodes, representantes dos empregados no GT Saúde, o que foi divulgado não passou de informações anuais e genéricas, impressas em folhas de papéis avulsas e sem carimbo oficial do banco. “Deste modo, o trabalho de análise dos números fica comprometido”, declarou.

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa – Contraf/CUT) e diretora de Administração e Finanças da Fenae, Fabiana Matheus, salienta que o compromisso de apresentar a metodologia até 15 de dezembro está no aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015 e, por isso, a Caixa está descumprindo a CCT, pois inviabiliza o trabalho do GT. “As entidades representativas dos trabalhadores exigem a disponibilização dos números imediatamente. Sem os dados, os representantes dos empregados estão em desvantagem. Não estamos lá para referendar a posição do banco, mas sim para ajudar na construção de uma metodologia que fortaleça o Saúde Caixa”, diz.

Fabiana ainda lembra que a última reunião, realizada no dia 4 de novembro, foi marcada por um clima de tensão. Segundo ela, o motivo foi o fato de o gestor do plano, Emerson Martins Garcia, ter tido um entendimento equivocado do que foi acordado na campanha salarial deste ano.

A reivindicação do movimento nacional dos empregados é para que todos os dados relativos a receitas e despesas do Saúde Caixa, desde a época em que o plano foi criado, em junho de 2004, sejam apresentados mês a mês. O pedido foi feito na reunião desta segunda-feira, mas a Caixa afirmou não ter interesse em disponibilizá-los, sob o argumento de que esses valores são contábeis.

A bancada dos empregados no GT Saúde contestou essa posição e, diante das pressões, houve concordância dos representantes do banco em consultar a área responsável pela gestão do Saúde Caixa, para posterior divulgação de números mais detalhados. A resposta ficou de ser dada até a data de 15 de dezembro de 2014. “Se até esse prazo não for cumprido, a responsabilidade será exclusivamente do banco”, diz Plínio Pavão.

Composto paritariamente por representantes dos empregados e da Caixa, o GT Saúde busca refletir sobre o modelo de gestão do Saúde Caixa, para torná-lo cada vez mais equilibrado. Esse processo, no entanto, foi atropelado pelo período de contingência, entre março de 2005 e março de 2007.

Fonte: Fenae

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