Os representantes dos trabalhadores participaram, na sexta-feira, dia 12, da segunda rodada de negociação específica com a direção da Caixa, em Brasília. Foram abordados os temas Plano de Car-gos e Carreiras (PCC) e isonomia, conforme calendário definido.
Os representantes dos bancários apresentaram a proposta de um calendário para a discussão do novo PCC, a ser implantado em 1º de julho de 2009.
A proposta prevê um grupo de acompanhamento dos estudos feitos pelo banco até a realização do Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef). A empresa sinalizou que está aberta ao debate, mas o prazo pode ser insuficiente.
Outros itens foram debatidos, mas não tiveram avanços. Confira:
– pendências do Plano de Cargos e Salários (PCS) – foi discutido o fim da restrição para adesão aos não-saldados do REG/Replan. A Caixa reafirmou sua posição de não negociar.
Quanto à revisão do PCS dos profissionais com a eliminação das distorções, a Caixa solicitou detalhes dos problemas para retomada do debate na próxima reunião.
Já a reivindicação de extensão da parcela indenizatória aos profissionais que aderiram ao PCS específico não foi aceita, sob a alegação de que a sistemática da unificação do PCS dos profissionais foi diferenciada, contemplando, inclusive, promoções em razão do tempo de exercício dos cargos.
– MN RH 060 – quanto às atribuições dos avaliadores de penhor, a Caixa afirmou que o normativo prevê o atendimento exclusivo a clientes da área e que casos de desvio são problemas de gestão. Quanto à retirada da exigência de curso superior como pré-requisito para o cargo, verificará a possibilidade para os níveis júnior e pleno, comprometendo-se a responder na próxima reunião. A Caixa também não pretende atender à reivindicação de promoção horizontal na tabela técnica (MN RH 161) em 2009.
– reenquadramento, equiparação e criação de cargos – a Caixa manifestou disposição em analisar os itens junto, porém, com a reestruturação do PCC.
– isonomia – a Caixa alega que existem dificuldades para atender às reivindicações de isonomia, como extensão da licença-prêmio, ATS e normatização das APIPs para os novos. A empresa afirma, inclusive, que é questionada pelos órgãos controladores sobre a manutenção das APIPs no aditivo da Convenção Coletiva.
Em relação à unificação de mercado A, B e C e enquadramento das filiais, a Caixa alega que isso é um instrumento de gestão e que não abre mão de utilizá-lo.
Foi apresentada a proposta de equiparação das condições dos técnicos bancários superiores contratados em 2004 e em 2000. A Caixa não reconhece que haja diferença, porém concorda em estudar a possibilidade de participarem de processo seletivo interno. No entanto, também deve debater esse item na negociação do PCC.
Os itens sobre formação, remuneração de cargos e PSI serão debatidos na próxima reunião, marcada para 19 de setembro, sexta-feira. “Sem mobilização, pouco será conquistado. Os empregados têm de se preparar para o enfrentamento” – lembrou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.
A APCEF/SP está realizando reuniões nas agências para debater campanha salarial. Caso tenha interesse em organizar um en-contro em sua unidade, ligue (11) 3017-8313 ou envie e-mail para sindical@apcefsp.org.br.

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