No último dia 9, o Conselho Deliberativo Nacional da Fenae, formado por presidentes das APCEFs de todo o país, juntamente com representantes da Fenae, Contraf-CUT, Fenacef, Fenag, Advocef, Social Caixa, Aneac e Conselho de Usuários, lançou a campanha “Saúde Caixa: eu defendo”.

A iniciativa tem o objetivo de conscientizar os usuários do plano sobre a importância da política de assistência médica coletiva, conquistada pelos trabalhadores. “Vamos intensificar o diálogo com os empregados da ativa e aposentados para que, conhecedores dos nossos direitos, possamos fortalecer a defesa do Saúde Caixa”, convoca a diretora da APCEF/SP e membro eleita do Conselho dos Usuários do Saúde Caixa, Ivanilde de Miranda. “Temos um plano sustentável e superavitário”, completa.

A campanha deve trazer conteúdos informativos sobre modelo de custeio, coberturas do plano de saúde, os diferenciais em relação a planos de mercado, marcos históricos desse importante direito conquistado pelos trabalhadores, inclusive depoimentos sobre suas experiências pessoais que demonstram a importância na vida dos usuários.

Dia de Luta – Para o dia 24 de maio, quinta-feira, está programado um Dia de Luta. Acompanhe as publicações para mais detalhes.

Ataques ao Saúde Caixa – São muitos os ataques aos direitos dos trabalhadores desde a reforma trabalhista, as propostas para reforma da Previdência, as ameaças aos fundos de pensão, o crescente número de demissões até a falta de renovação dos quadros de pessoal. Nesse contexto, os serviços de assistência à saúde dos empregados de empresas estatais também estão na mira.

Para justificar a redução de sua participação no custeio e a aplicação de aumento unilateral em desrespeito ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que garante o atual modelo do Saúde Caixa e está em vigência até 31 de agosto, a Caixa tem tentado convencer as pessoas de que o modelo de custeio do Saúde Caixa é insustentável, mesmo que os números do próprio banco demonstrem o contrário.

Outro ataque tem vindo por meio das resoluções da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), que diminuem a participação das empresas estatais no custeio dos planos de saúde de seus empregados e criam uma série de condições restritivas para usuários e dependentes.

O novo estatuto da Caixa, aprovado em janeiro, também impôs um teto para os gastos com o plano de saúde, estipulado em 6,5% da folha de pagamento e dos proventos pagos pela Funcef aos aposentados.

“Os empregados devem se mobilizar em defesa de um de seus mais importantes direitos, o Saúde Caixa. A situação preocupa, há sérios riscos às garantias do plano de saúde, que podem vir a se tornar inviável com essas deliberações. É importante que todos se engajem na campanha e lutem pela manutenção dos direitos conquistados”, enfatiza a diretora da APCEF/SP.

 

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