As reivindicações da Campanha Salarial 2016 da categoria bancária foram aprovadas durante a 18ª Conferência Nacional ocorrida nos dias 29, 30 e 31 de julho. Nela foi definido o índice de reajuste salarial de 14,78% com aumento real de 5% mais inflação projetada em 9,31%.
A PLR que será cobrada dos bancos será de três salários mais R$ 8.317,90 de parcela fixa adicional e 14º salário. Para o piso, o salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24). O valor do vale-alimentação e da 13ª cesta reivindicado é de R$ 880. Vale-refeição de R$ 40 ao dia. E auxílio-creche/babá de R$ 880.
Prioridades
Também foram destacadas quais são as prioridades da campanha este ano. Como o auxílio-educação, com pagamento para graduação e pós-graduação.
Fim das demissões, mais contratações, combate à terceirização sem limites prevista no PLC 30/2015, a ser votado no Senado. Para isso será proposta a suspensão de todos os projetos dos que terceirizam serviços e a criação de uma comissão bipartite, com participação dos sindicatos e dos bancos, para reverter esse quadro e transformar todos os terceirizados em bancários.
Ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas. Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) com igualdade de oportunidades para todos, mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fim das metas abusivas e do assédio moral, combate ao assédio sexual, melhoria nos programas de retorno ao trabalho, eleição de Cipa em todos os locais. Mais transparência no PCMSO [Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional] e acesso às informações que constam nos serviços médicos dos bancos, tanto em relação a exames periódicos quanto a ações preventivas implementadas pelas empresas.
Prevenção contra assaltos e sequestros, aumento no número de vigilantes nas agências e ampliação dos dispositivos de segurança como portas giratórias, instalação de biombos nos caixas eletrônicos e o fim da guarda das chaves pelos trabalhadores, além da permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários.
Agências digitais
As agências digitais não foram esquecidas. A reivindicação é para que seja permitida a entrada dos dirigentes sindicais nas unidades onde o serviço é realizado. Outro ponto é que os bancários que utilizam headset, muito usado no atendimento digital, tenham jornada de cinco horas sem redução do salário. Mais um problema a ser discutido é que estes trabalhadores estão tendo um volume grande de clientes para atender, o que precisa ser revisto e clausulado na CCT.
Pauta geral
Além das reivindicações específicas da categoria, pautas gerais dos trabalhadores são incluídas na campanha. As bandeiras que serão levantadas são: defesa dos direitos trabalhistas, defesa das empresas públicas, como Banco do Brasil, Caixa, BNB e outras, contra a reforma da Previdência (que impõe idade mínima para aposentadoria) e manutenção do SUS (Sistema Único de Saúde).