A Caixa apresentou nesta quarta-feira (19) seu resultado do exercício de 2019, anunciando lucro líquido de R$ 21,1 bilhões. Individualmente, os itens que mais contribuíram para o resultado foram a redução da provisão para devedores duvidosos, responsável por R$ 4,16 ou 20% do resultado. Já a variação na despesa com tributos teve um impacto positivo no lucro de R$ 2,65 bi, ou 12,6% do total.

Na intermediação financeira, atividade fim de um banco, a Caixa patinou. O saldo das carteiras de crédito permanece estagnado, inclusive aquelas que o presidente Pedro Guimarães disse, há um ano, que iria priorizar. A carteira comercial PF ficou estável, e a carteira comercial PJ reduziu em 30%. A carta de crédito SBPE também teve redução, de 1,7%. O aumento mais expressivo ocorreu na CCFGTS, em 8,8% com relação ao valor registrado ano passado.

Na coletiva de imprensa que anunciou o resultado o presidente do banco, Pedro Guimarães, admitiu a perda de mercado e afirmou que a Caixa continuará reduzido a carteira PJ. Segundo ele, o foco do banco agora é habitação, consignado e micro crédito. “Se me perguntarem se tem algo com o que estou insatisfeito eu diria que é o micro crédito, é o mais difícil de fazer, é o nosso desafio para esse ano”, declarou também afirmando que o atual desempenho do consignado o deixa indignado.

Guimarães também tentou justificar a redução do número de agências dizendo que ter 300 agências próprias” não é razoável”. Isso ocorrerá principalmente nas grandes cidades já que nestes lugares “as pessoas têm celular”, nas palavras do presidente.

No lugar das agências o foco será a abertura de lotéricas e correspondentes, também fazendo com que eles passem a vender produtos da instituição.
Guimarães ainda comentou que um dos principais motivos para a mudança proposta na reestruturação que resultou no fim das Superintendências Regionais é que cada uma tinham agência demais para “tomar conta”.

Além disso, os únicos comentários sobre estas mudanças é que elas seriam apenas uma reformulação da estratégia de varejo.

O presidente do banco também disse acreditar que a redução de custos deve aumentar.

Quanto à venda de ativos, Guimarães reafirmou que é grande a possibilidade que o IPO de cartões ocorra ainda em 2020 e que está tudo caminhando para a abertura de capital das demais áreas.

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