Questionada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), a Caixa Econômica Federal informou que os reajustes da promoção por mérito devem ser creditados apenas na folha salarial de fevereiro. A expectativa era de que o pagamento ocorresse no dia 20 deste mês. Segundo o banco, porém, foi identificada uma inconsistência no sistema, o que obrigou a área responsável a realizar o processo novamente. Uma posição definitiva deve sair na próxima semana, mas a Caixa já confirmou que, nesse caso, os valores serão retroativos a janeiro.

“Vale lembrar que essa é uma das mais importantes conquistas dos empregados da Caixa, fruto de um longo processo de negociação. Ela foi restabelecida em 2008, depois de mais de 15 anos de sonegação desse direito. Ano após ano, na campanha nacional dos bancários, nossa mobilização tem sido fundamental para manter a conquista dos deltas”, afirma Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa e diretora de Administração e Finanças da Fenae.

Juntamente com a informação definitiva sobre a data do reajuste, também devem ser detalhadas as porcentagens de trabalhadores que receberão um ou dois deltas, bem como a dos que não alcançaram promoção no ano passado. Cada delta representa 2,33% de aumento nas referências do Plano de Cargos e Salários.

Nova sistemática

As regras da promoção por mérito 2015, com reflexos neste ano, foram divulgadas no dia 25 de maio. A sistemática foi uma das conquistas da campanha salarial de 2014, ano em que aa Caixa não realizaria a avaliação. Graças às negociações realizadas durante a greve, foi assegurado a inclusão da sistemática no ACT 2014/2015 e o recebimento de um delta pelos empregados promovíeis, pago no início de 2015.

A promoção por mérito realizada no ano passado garantiu um delta com 40 pontos, 10 a menos que na metodologia anterior. Os critérios objetivos foram distribuídos da seguinte forma: 20 pontos pela conclusão de 30 horas anuais de módulos da Universidade Caixa, cinco pontos pela participação no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e outros 15 pontos para a frequência medida pelo Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon).

A sistemática também considerou critérios subjetivos, que garantiram até 20 pontos. Cada empregado indicou de dois a oito empregados da sua unidade (preferencialmente da sua equipe) que atenderam aos critérios de avaliação como relacionamento no ambiente de trabalho e contribuição para a solução de problemas. A distribuição dos 20 pontos variou em função do número de indicações, que tiveram relação com o número de indicações recebidas. Foi garantida também a pontuação extra de 10 pontos para iniciativa de autodesenvolvimento.

Fonte: Agência Fenae
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