Da Agência Fenae

Pressão sobre os banqueiros deve continuar por toda esta semana. Bancários não abrem mão de reivindicações definidas na 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro

Na rodada que realizou com o Comando Nacional dos Bancários em 21 de setembro, na capital, em meio a processo de mobilização da categoria bancária em todo o Brasil, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou contraproposta que prevê reajuste salarial de 4,82%, índice a ser aplicado também sobre as demais verbas salariais e que corresponde à inflação de 1º de setembro de 2006 a 31 de agosto de 2007.
A proposta dos banqueiros prevê ainda a regra de 2006 para o pagamento da PLR, com correção apenas pela inflação. No caso da Participação nos Lucros e Resultados, além dos 80% do salário reajustado, o valor fixo corrigido seria de R$ 867,91, ficando a parcela adicional em torno de R$ 1.572,30. Os bancos propuseram a inclusão da 13ª cesta-alimentação na Convenção Coletiva Nacional, com pagamento anual. Desta forma, o valor da cesta-alimentação ficaria em R$ 249,55.
Tão logo tomou conhecimento dessa proposta, o Comando Nacional informou à Fenaban que a mesma é insuficiente: não contempla minimamente as reivindicações da campanha nacional salarial de 2007. O índice de reajuste apresentado repõe a inflação, mas a luta dos bancários é por reajuste dos salários com aumento real, devido à alta lucratividade dos bancos no último período.
Para o Comando Nacional, a proposta de PLR precisa também ser melhorada. A que foi apresentada pelos banqueiros não altera a regra do ano passado, levando em consideração apenas a variação da inflação e não do lucro. A inclusão da 13ª cesta na Convenção Coletiva Nacional é considerado um avanço, sobretudo por representar uma nova conquista, mas na contraproposta da Fenaban ficam de fora reivindicações importantes como saúde, condições de trabalho, garantia no emprego, valorização dos pisos salariais e contratação coletiva de remuneração variável.
Diante disso, a negociação entre bancários e banqueiros foi suspensa e será retomada em 24 de setembro, a partir das 16 horas, na capital.
Os debates poderão estender-se pelos dias seguintes. A expectativa é de que as discussões sobre saúde e condições de trabalho, assédio moral e segurança bancária, que avançaram no primeiro bloco de negociação, sejam concluídas.

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