Um dos itens cobrados na pauta específica dos empregados da Caixa Econômica Federal é referente a retomada da implantação do modelo "Agência Segura", um projeto que contempla algumas exigências antigas dos bancários para aumentar a segurança nas agências.
A reivindicação foi conquistada durante as negociações da Campanha Nacional dos Bancários de 2012 e o projeto-piloto foi desenvolvido na capital pernambucana, Olinda e Jaboatão dos Guararapes.
Nesta segunda, 4 de novembro, às 14h, a Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizam, junto com a Fenaban, em Recife, a primeira reunião de acompanhamento do projeto-piloto de segurança bancária para avaliar as ocorrências e os resultados.
O encontro será o início do grupo de trabalho constituído por representantes da Contraf-CUT, do Sindicato e dos seis maiores bancos do país,
Protocolo de intenções
Os presidentes da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro; do Seeb/PE, Jaqueline Mello, e da Fenaban, Murilo Portugal, além de autoridades estaduais, municipais e do Ministério Público, assinaram em 14 de maio um protocolo de intenções, visando implementar o projeto-piloto em 261 agência de três cidades.
Entre as medidas de segurança a serem adotadas no projeto piloto está a instalação de portas de segurança com detectores de metais, câmeras internas e externas, biombos entre a bateria de caixas e as filas, guarda-volumes, além de vigilantes com coletes balísticos e armados de acordo com a Lei 7.102/83 e cofre com dispositivo de retardo.
Os bancos tiveram 90 dias para instalar os equipamentos e tomar as medidas previstas. Esse prazo terminou no dia 14 de agosto. Conforme o protocolo, o grupo de trabalho irá monitorar semanalmente as ocorrências, em conjunto com a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, Comando da Polícia Militar e o delegado-geral da Polícia Civil.
"Além de organizar o acompanhamento local do projeto-piloto, vamos fazer uma avaliação dos dois meses de funcionamento para analisar os primeiros resultados", explica Carlos Cordeiro. "Vamos também discutir como será o acompanhamento nacional, a fim de envolver o país inteiro em cada etapa do processo", completa.
Expectativas
O projeto-piloto é uma antiga reivindicação da categoria que luta por mais segurança nas agências e, sem dúvida, representa um avanço muito importante. A intenção é que a experiência possa mudar o conceito de segurança praticado pelos bancos e não apenas visar o patrimônio, mas sim a vida de funcionários e clientes.
Para o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto, este foi um grande passo, porém, os bancários devem lutar para que o programa não fique apenas restrito a Pernambuco e sim, seja expandido para todo o Brasil.
O projeto-piloto conta com o apoio do Ministério Público de Pernambuco. "Acreditamos que os equipamentos e as medidas previstas no projeto-piloto irão trazer bons resultados e esperamos que sejam estendidas para todo o Brasil", conclui Ademir Wiederkehr, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.
