O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, realiza a primeira rodada de negociação específica da Campanha Nacional dos Bancários 2014 com a Caixa Econômica Federal nesta quinta-feira 21, em Brasília. Os primeiros temas a serem debatidos com o banco são Saúde Caixa e Saúde do Trabalhador. A reunião será das 10h às 13h, no Hotel San Marco.
As entidades sindicais se reuniram nesta quarta-feira 20, na sede da Fenae em Brasília, para preparar os debates com o banco público federal.
A minuta específica, com as reivindicações aprovadas no 30º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), realizado entre os dias 6 e 8 de junho, em São Paulo, foi entregue à direção da empresa no dia 11 de agosto, na sede da Fenaban, na capital paulista, logo após a entrega da minuta geral da categoria.
A exemplo dos últimos anos, a pauta específica será negociada concomitantemente com a Caixa na Campanha 2014, conforme estratégia aprovada na 16ª Conferência Nacional dos Bancários.
As principais reivindicações específicas são: combate ao assédio moral e sexual, fim do voto de Minerva na Funcef, incorporação imediata do REB ao Novo Plano, extensão do Saúde Caixa para aposentados por PADVs, mais empregados por setor, jornada de seis horas para todas as funções sem redução de salário, registro do ponto para todos os empregados, isonomia para admitidos a partir de 1998, fim do programa Gestão de Desempenho de Pessoas e Vale-Cultura para todos os empregados.
Mais contratações e redistribuição de empregados
Para Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa, a melhoria nas condições de trabalho está entre as principais reivindicações específicas.
"Queremos a contratação de mais trabalhadores e a mudança na distribuição dos empregados entre as agências e áreas meio, que dão suporte às unidades. A Caixa contrata para novas agências, mas desfalca as velhas e sobrecarrega quem trabalha nas áreas meio", explica.
Outra reivindicação é o pagamento das horas extras trabalhadas. "O banco deveria respeitar a carga horária. Mas dadas as condições atuais, que elas sejam pagas e todos os diretos respeitados", defende Fabiana.
Outro tema que estará em negociação é a isonomia para admitidos a partir de 1998. Na Caixa, as discriminações dos novos empregados começaram no governo de FHC, época em que bancos públicos federais eram preparados para a privatização.
De 2003 para cá, lutas e greves garantiram conquistas em alguns pontos como as Apips, o parcelamento do adiantamento de férias, o Saúde Caixa, o Novo Plano da Funcef e a unificação do Plano de Cargos e Salários (PCS). Faltam o ATS e a licença-prêmio. O tema, inclusive, será debatido no III Encontro Nacional de Isonomia, que será realizado em Brasília no dia 30 de agosto.
Fonte: Contraf-CUT, com Fenae