A celebração do 1º de Maio deste ano pela CUT e outras centrais sindicais terá como foco a luta contra o PL 4.330.
O projeto de lei que regulamenta a terceirização indiscriminada teve uma de suas emendas mais prejudiciais aprovada na última quarta-feira, dia 22, em votação na Câmara: a permissão da terceirização para todas as atividades das empresas, inclusive a atividade-fim.
Porém, os números da votação mostram que os deputados sentiram a pressão que as centrais sindicais vêm fazendo nas últimas semanas pela rejeição do texto.
Enquanto na primeira votação, em 8 de abril, houve aprovação de 324 deputados contra 137, no dia 22 o placar na Câmara foi de 230 deputados a favor e 203 contra o projeto de lei da terceirização. Uma queda de quase 60% no apoio.
Tramitação
Agora, o texto será enviado ao Senado, onde não deve ter caminho tão fácil como na Câmara.
Na quinta-feira, dia 23, o presidente da casa, Renan Calheiros, criticou o projeto afirmando que a regulamentação da atividade-fim vai contra os direitos históricos conquistados pelos trabalhadores. Ele afirmou também que a tramitação do texto não terá no Senado a mesma urgência que teve na Câmara.
Inicialmente, o PL 4.330 passará pela avaliação de duas comissões de senadores antes de ir para votação no plenário.