As estratégias adotadas pela nova direção da Caixa não apresentam novidades. Apenas repetem as ações ocorridas na década de 90, quando a gestão da época decidiu adotar política contracionista para o banco público.
As medidas apostavam na revisão de processos com cortes dos postos efetivos de trabalho, com terceirização e extinção de funções, que resultou em redução de participação da Caixa no mercado, no fomento do desenvolvimento do país e o enfraquecimento do papel social do banco público.
No caso dos empregados com função de caixas houve a transferência de serviços para lotéricas, correspondentes bancários, auto-atendimento e retaguardas. Não havia novas nomeação de empregados como caixa executivo.
No fim da década de 90, a Caixa criou função de caixa flutuante, em substituição do caixa eventual, que era exercida pelos técnicos bancários (TB) e escriturários, com o curso de caixa. Na prática, o empregado se responsabilizava pelas funções de caixa o dia todo, com o agravante de receber apenas pelo tempo em que exercia a função.
Contudo, os empregados na década de 90 viveram a extinção da função e a criação do caixa PV em condições precárias e rebaixadas.
Retomada em 2006 – a campanha nacional dos bancários, conquistou em 2006, a retomada da função de caixa no Plano de Cargos Comissionados – PCC, com o caixa pv e caixa retpv. Os empregados que eram executivos puderam migrar à nova função, pois a função de caixa executivo estava extinta e congelada.
Retrocesso após 10 anos – em 2016 a Caixa publicou uma circular informando que estavam suspensas novas nomeações de caixas efetivos.
Na versão do RH 184, publicado em 1º de julho, o banco determinou que as nomeações de caixa, a partir daquela data, só ocorreriam por minuto, com a justificativa de restruturação de processos.
As consequências destas ações já são do conhecimento daqueles que viveram situação similar na década de 90. Os evidentes prejuízos financeiros e profissionais serão debitados nas contas dos empregados da Caixa, que exercem a função por minuto, que assumem responsabilidades e riscos da função de caixa, potencializados pelo fato destes profissionais não estarem focados em uma única atividade e não terem a prática cotidiana, e em uma única operação podem perder mais que seu salário mensal.
“A decisão da direção da Caixa causa indignação. É a concretização da precarização do trabalho, do desmonte dos planos de carreiras e extinção das funções gratificadas”, afirma o diretor da FETEC/CUT e da APCEF/SP Leonardo dos Santos Quadros.
Campanha nacional – as reivindicações da retomada da função de caixa e a não precarização do trabalho estão na pauta especifica de negociação com a Caixa. Além da defesa do banco 100% público e por nenhum direito a menos.
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