Durante a 100ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP) na última quarta-feira, dia 12, em Brasília, a Polícia Federal aplicou multas de R$ 5,312 milhões contra 14 bancos por falhas de segurança de agências e postos de atendimento. A Caixa ficou em quarto lugar, com R$ 738 milhões, seguida apenas pelo Bradesco.
A CCASP é integrada por representantes do governo e entidades dos trabalhadores e dos empresários. A Contraf-CUT é a porta-voz dos bancários. A Febraban representa os bancos.
A reunião, que foi a primeira da CCASP em 2014, foi presidida pelo diretor executivo da Polícia Federal, Rogério Galloro, que ocupa o segundo posto hierárquico da corporação, ao lado da delegada Silvana Helena Vieira Borges, titular da Coordenadoria-Geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP).
Estiveram em pauta 485 processos contra bancos, abertos pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp), por causa do descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e de portarias da Polícia Federal. As principais irregularidades foram equipamentos inoperantes, número insuficiente e falta de rendição de vigilantes no horário de almoço, transporte de valores feito por bancários, inauguração de agências sem plano de segurança aprovado e cerceamento da fiscalização de policiais federais, dentre outras.
Várias agências no estado do Rio de Janeiro foram multadas por abrirem suas portas com apenas um vigilante, durante uma greve dos vigilantes, o que viola frontalmente a lei nº 7.102/83, que exige a presença de no mínimo dois.
Veja o montante de multas por banco:
Banco do Brasil – R$ 1.545.753,66
Itaú – R$ 1.188.924,24
Santander – R$ 745.574,59
Caixa – R$ 738.108,50
Bradesco – R$ 679.565,10
HSBC – R$ 180.895,96
Banrisul – R$ 95.765,32
Mercantil do Brasil – R$ 31.923,19
Banese – R$ 26.601,06
Banco do Nordeste – R$ 26.601,06
Citibank – R$ 21.282,13
Banestes – R$ 10.641,06
Banco de Brasília – R$ 10.641,06
Safra – R$ 10.641,06
Total – R$ 5.312.918,02
Segundo o representa da Contaf-CUT na CCASP, Ademir Wiederkehr, as multas atestam que os bancos não priorizam a segurança dos estabelecimentos. A segurança é vista como custo e pode ser reduzido para turbinar ainda mais os lucros.
Fonte: Contraf-CUT