Entre os dias 17 e 24 de outubro, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) realizou uma pesquisa para avaliar o cenário atual de caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor que atuam no banco. O levantamento, composto por 29 perguntas, traçou o perfil dos 3.980 respondentes e aprofundou questões sobre condições de trabalho, expectativas de carreira, ações judiciais, impacto das novas tecnologias e o futuro das funções.  

Os dados revelaram que 38% dos caixas (efetivos ou por prazo/minuto) acumulam também a função de tesoureiro, seja de forma habitual ou esporádica. Essa prática reforça a necessidade de nomeações efetivas para essa função. 

Outro dado preocupante é que 17% dos empregados declararam exercer suas funções por minuto/prazo de maneira habitual, devido à ausência de titulares designados. O levantamento ainda aponta que 60% dos respondentes informaram que exercem atividades não previstas em suas atribuições, configurando desvio de função. 

“As manifestações nas respostas à pesquisa demonstraram uma profunda insatisfação dos empregados com o tratamento dado pela Caixa. Os problemas relacionados às condições de trabalho e falta de perspectivas em relação à carreira e ao futuro da função passam a impressão de abandono e de descaso por parte da direção”, destacou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto. “Se a Caixa pretende mudar esta percepção, ela precisa estar aberta a estabelecer de fato um processo negocial e apresentar soluções para os problemas que tem causado aos empregados ao longo dos anos”, frisou.

A Fenae irá divulgar o relatório com os resultados completos da pesquisa nos próximos dias. A expectativa é que os dados reforcem a importância de um processo de negociação que priorize a valorização dos empregados e a melhoria das condições de trabalho.  

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