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Como forma de celebração da resistência e da luta pela liberdade, o segundo dia da 16ª Conferência Nacional dos Bancários contou a participação do grupo de teatro Botoquipariu, em que encenou o espetáculo teatral “Tito – é melhor morrer do que perder a vida”.
A montagem, oferecida pelo Sindicato de Guarulhos, trouxe ao palco a resistência e o apreço pela liberdade do padre dominicano que foi preso, torturado, perseguido até a loucura. Já na abertura da peça, o diretor Djalma de Lima lembrou a importância da memória e de trazer para as novas gerações um pouco da história de luta das gerações passadas.
Tortura e torturadores estão presentes durante todo o espetáculo, assim como estiveram presentes mesmo depois que o cearense Tito de Alencar Lima foi libertado em dezembro de 1970, incluído entre os prisioneiros políticos trocados pelo embaixador suíço sequestrado pela VPR. "Não é esta a liberdade", ele dissera na época, depois de ser exilado.
Os fantasmas da tortura, personificados na figura do delegado Fleury, que o prendera, permaneceram vivos em sua mente, prolongando indefinidamente a dor. "É melhor morrer do que perder a vida", escreveu Tito após tentativa de suicídio, ainda no presídio de Tiradentes.
Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários