Após cobranças da Apcef/SP e dos representantes dos empregados na mesa de negociação (CEE), por meio da Contraf-CUT, a Caixa marcou reunião da mesa de negociação para esta terça-feira (25) para tratar do fechamento de agências que a direção do banco pretende promover.

De acordo com as informações apuradas pela Apcef/SP, o plano prevê atingir quase 200 unidades em todo o país. Na chamada primeira onda, seriam cerca de 120 agências, sendo que mais de 60 seriam do estado de São Paulo. Os estados com mais agências atingidas, pela ordem, seriam São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Paraná. Somadas, as unidades deste quatro estados correspondem a 82% das agências afetadas pela primeira onda.

Um dos argumentos das pessoas que defendem o processo seria o superdimensionamento da rede em determinados locais. Na visão destas pessoas, a presença da Caixa seria desproporcional à da sua concorrência, o que justificaria o fechamento.

A análise dos dados fornecidos pelas instituições financeiras ao Banco Central, porém, não corrobora a afirmação: nas quatro UFs com maior número de agências fechadas neste processo, a Caixa não detém o maior número de agências em nenhum deles (confira os quadros abaixo).

“A direção da empresa precisa considerar que o trabalho desenvolvido pelos empregados nas unidades e o perfil dos clientes é diferente das demais instituições financeiras. A Caixa é responsável por executar programas e prestar serviços em caráter de exclusividade, o que aumenta a complexidade de sua operação e a necessidade de presença física. Investir no digital é bem vindo, mas isso não pode ocorrer pela redução de outras áreas”, avaliou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

“Na mesa que ocorrerá nesta terça-feira, vamos defender garantias para os empregados. Somos contrários à redução de remuneração e queremos discutir nova alocação em hipóteses de ‘reposicionamento’ das unidades. Além disso, defenderemos que a Caixa não reduza de tamanho. O potencial da empresa é enorme e subaproveitado, como vemos com o penhor, e não faz sentido que o banco tenha menos unidades que os concorrentes.”, defendeu a dirigente da Apcef/SP, SEEB/SP e representante da Fetec-CUT/SP na mesa de negociação, Vivian Sá.

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