Há quase dois meses, trabalhadores de bancos públicos e privados esperam a definição da Campanha Salarial. A minuta de reivindicações foi entregue aos banqueiros em 10 de agosto. Diversas rodadas de negociações já aconteceram, mas nenhuma proposta digna foi apresentada.
Em 26 de setembro, para tentar pressionar os banqueiros a apresentar algo, bancários de todo o País fizeram uma paralisação de 24 horas. Também está prevista uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 5, caso não seja apresentada uma proposta digna.
Na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, dezenas de agências da Caixa participaram da mobilização do dia 26 e permaneceram fechadas. Algumas abriram precariamente, funcionando apenas o auto-atendimento ou com apenas um caixa atendendo no guichê. Isso é comum em época de paralisação. Mas, algumas situações chamaram a atenção.
A APCEF/SP recebeu denúncias de que trabalhadores foram deslocados de suas agências para abrir unidades fechadas por causa da mobilização. “Isso é absurdo. Pela postura do gestor que manda o funcionário trabalhar em uma unidade que decidiu brigar pelos seus direitos e, também, do empregado que se sujeita a tal situação” – comentou o diretor da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.
“O que deixa a todos indignados é que não há empregados para cobrir férias, algumas agências atendem precariamente os clientes com apenas um ou dois caixas, há filas enormes nas unidades por causa da falta de trabalhadores… mas, no caso de greve, que é uma situação atípica, os gestores, rapidinho, encontram gente para abrir a agência a qualquer custo” – desabafou o diretor da Associação.
E completou: “É sempre bom lembrar que, para alcançar nossas reivindicações, precisamos estar unidos e fortalecer essa luta com as mobilizações. É preciso pressionar os banqueiros a apresentar uma proposta decente! Os trabalhadores estão se preparando para uma greve por tempo indeterminado. Esperamos que esse tipo de comportamento não atrapalhe a paralisação”.

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