APCEF/SP é contrária à abertura de capital
Este mês entra para a história da Caixa Econômica Federal não só pelo seu aniversário de 154 anos – completados no último dia 12 – mas também por colocar o banco no centro do debate que pode significar uma mudança radical em seu caráter público, inviabilizando a sua missão, com a abertura do capital social da instituição.
Assim que foi divulgada a notícia, em 23 de dezembro de 2014, sobre a intenção de abertura de capital da Caixa Econômica Federal, a APCEF/SP solicitou à Fenae, à Contraf-Cut e à CUT que questionassem o Governo sobre se de fato havia estudo relativo à medida. Entidades representativas de bancários de todo o País – entre elas, a Fenae, a Contraf-CUT e Sindicatos dos Bancários – enviaram ofício à presidenta Dilma Rousseff, no qual defendem a manutenção da Caixa 100% pública. Também foi solicitada audiência com o governo para discutir o assunto.
A Caixa é essencial para fomentar o desenvolvimento do País. É reconhecidamente o principal agente financeiro das políticas de Estado, atuando diretamente para melhorar a vida de milhares de famílias brasileiras, bancarizando milhões de cidadãos que não tinham acesso ao sistema financeiro, oferecendo crédito com as menores taxas de juros, financiamento imobiliário e, sobretudo, no desenvolvimento de programas como Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e o Desenvolvimento Urbano, especialmente, saneamento básico e infraestrutura.
Também exerceu papel fundamental para o País durante a crise financeira internacional. A instituição foi capaz de alavancar políticas anticíclicas e inovar sua atuação no mercado financeiro nacional, contrariando a lógica de atuação dos bancos privados. O resultado a fortaleceu e consolidou sua posição de banco público competitivo ao cumprir com suas responsabilidades sociais e, ao mesmo tempo, apoiar as políticas públicas de forma eficiente.
“A Caixa que o Brasil precisa é uma instituição 100% pública. Desde quando sua função social foi fortalecida pelas políticas públicas, especialmente durante o governo Lula, a empresa demonstrou claramente sua responsabilidade de banco público com o crescimento da economia e o desenvolvimento do País e da sociedade brasileira. Por isso, a mudança dessa natureza é uma ameaça”, reforçou o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra.