A rodada de negociação específica entre os representantes dos trabalhadores e a direção da Caixa, que ocorreu em 11 de setembro, frustrou os empregados. A empresa não se posicionou em relação aos itens agendados para a negociação, prometendo responder às reivindicações depois da negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), marcada para 17 de setembro.
A Caixa esclareceu dúvidas e silenciou diante das reivindicações dos trabalhadores. O Comando reafirmou a importância de resolver pendências antigas como a isonomia entre os trabalhadores, a recomposição do poder de compra dos benefícios dos aposentados, questões referentes à Funcef e democratização da gestão.
“A intransigência da direção da Caixa só será quebrada com a mobilização dos trabalhadores” – afirmou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.

• Reivindicações
Entre as reivindicações dos trabalhadores está o fim do voto de minerva na Funcef. Os representantes dos empregados lembraram que uma vez que a composição do fundo é paritária, com recursos da empresa e dos trabalhadores, é preciso que essa paridade também esteja representada nas instâncias decisórias.
Outra questão relativa à Funcef que faz parte das reivindicações específicas é a mudança no método de custeio do REG/Replan não saldado. A proposta foi apresentada pelos conselheiros eleitos na Funcef e recusada pela Caixa.
O método de custeio em vigor tem como característica o custo crescente, que só é amenizado com a entrada de associados. O REG/Replan não saldado é um plano fechado e não agrega novos participantes.
Respaldados por consultoria em avaliação atuarial e por estudo da diretoria de Benefícios da Funcef, os representantes dos participantes defendem a adoção de outro método, cujas contribuições seriam estabilizadas em patamares redimensionados. A partir daí, outras medidas em favor do plano poderiam ser adotadas.
A Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) cobrou da empresa uma mudança de posicionamento em relação ao assunto, pois a manutenção do método de custeio atual prejudica 7 mil empregados que estão no REG/Replan não saldado e a própria empresa, já que o ônus do aumento das contribuições é das duas partes.

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