Nenhum avanço. Este foi o resultado da segunda rodada de negociações específicas entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e a Caixa, que aconteceu em 19 de setembro, na capital.
Para a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus, a intransigência da Caixa deve ser rebatida com muita mobilização. “Se a empresa não apresenta avanços nas negociações, a única saída para conquistar nossas reivindicações será a greve” – ressaltou.

• Isonomia

Na reunião de ontem, a empresa permaneceu em sua posição de negar a isonomia, ao reafirmar sua discordância em relação à licença-prêmio e ATS.
O pretexto utilizado para dizer não à isonomia foi, mais uma vez, impedimentos legais como resoluções do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest).
“Conclamamos os técnicos bancários a darem uma resposta à altura dessa negativa. A Caixa não quer reparar a injustiça, mas nós queremos e vamos lutar pela isonomia!” – comentou Fabiana Matheus.

• PCS

A questão do Plano de Cargos e Salários (PCS) também esteve em debate e a Caixa deixou claro que pretende discutir o tema de forma global, vinculando-o ao Saldamento do REG/Replan.
Na rodada de ontem, a empresa anunciou interesse em reabrir o Saldamento até o final do ano e disse que existe a possibilidade de apresentar novo PCS, mesmo com a não-adesão de muita gente. Neste particular, de acordo com a Caixa, “a baixa adesão influirá no custo da proposta”.
“A desestruturação do PCS/PCC foi ‘obra’ da própria empresa e é preciso que ela seja corrigida. Não podemos aceitar condicionamento de espécie alguma para que isso aconteça” – comentou Fabiana Matheus.

• PLR

A Contraf-CUT – CEE-Caixa também protestou quando os negociadores da Caixa afirmaram das “dificuldades” de discutir a parcela adicional da PLR ou até mesmo repetir o índice pago no ano passado, alegando para isso projeção de rentabilidade menor. Os argumentos da empresa foram rechaçados pelos representantes dos empregados, tendo em vista que os bancos – inclusive a Caixa – têm batido recordes de lucratividade a cada balanço.
A Contraf-CUT – CEE-Caixa deixou claro que a Caixa precisa repassar partes desses ganhos a quem trabalha e reafirmou que, além de aumento real, a reivindicação é de uma PLR ainda melhor do que a que foi paga em 2006.

• Aposentados

Na rodada de ontem com a Contraf-CUT, a Caixa anunciou que está praticamente concluída a solução das pendências relacionadas ao Plano de Melhorias e Proventos e Pensões (PMPP), aguardando apenas posição final da Secretaria de Previdência Complementar (SPC). Na ocasião, os representantes dos empregados lembraram ainda que outras importantes reivindicações precisam de solução rápida, a exemplo da extensão do auxílio e da cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas.
Fique atento aos informes, debata o assunto em sua unidade e participe. Somente com um grande movimento é que conquistaremos nossas reivindicações!

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