O assédio, seja moral ou sexual, é tema que deve ser debatido continuamente. Isso porque embora cada vez mais se fale sobre o assunto, ainda há subnotificação de casos. Muita gente ainda tem medo de denunciar.

A última pesquisa Saúde do Trabalhador Caixa realizada pela Fenae em 2018 aponta que quando o assunto é assédio sexual, 7,9% das mulheres dizem ter conhecimento de alguma situação de assédio moral ocorrida no ambiente de trabalho, enquanto entre os homens, esse relato ocorre em 4,9% dos casos. Entre elas, 60,1% conhecem colegas que passaram por sofrimento contínuo em função do trabalho, algo relatado por 46,5% dos homens.

Recentemente, o jornal Correio Braziliense abordou o assunto ao noticiar o caso de um membro da direção de um banco que estaria se tornando conhecido por constantemente tentar se relacionar intimamente com as trabalhadoras da instituição.

É comum que o assédio sexual e moral se misture em situações como esta. Na pesquisa feita pela Fenae, quando perguntadas sobre pressão excessiva por metas, 30,6% das mulheres relataram passar por essa situação várias ou algumas vezes, enquanto entre os homens, esse problema apareceu em 25,1% dos casos.

Quando perguntados sobre situações típicas de assédio moral na relação com a chefia direta, tais como demanda excessiva por trabalho, pressão, atribuição indevida de erros, ameaças, gritos, entre outras, 53,6% dos empregados da Caixa disseram ter passado por ao menos um desses episódios. Outros 81,3% afirmaram que situações como essas ocorrem com outros colegas.

No entanto, apenas 3,1% de episódios de assédio moral foram registrados junto ao departamento de Recursos Humanos da Caixa.

No Brasil, os processos envolvendo assédio moral na Justiça do Trabalho cresceram ao menos 28%, entre 2015 e 2017, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), somando ações do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e nas primeiras e segundas instâncias dos Tribunais Regionais.

Denúncia 

Caso algum episódio de assédio esteja ocorrendo em sua unidade, procure a APCEF/SP pelotelefone (11) 3017-8315 ou pelo e-mail sindical@apcefsp.org.br. A sua identidade será preservada.

Os sindicatos também possuem canais exclusivos para este tipo de denúncia. No caso do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região este link está disponível para denúncias anônimas.

Compartilhe: