Trabalhadores de todo o Brasil marcaram para sexta-feira, dia 29 de maio, uma grande paralisação contra o projeto de lei da terceirização, a retirada de direitos e outras pautas. Principal embate do movimento sindical e social no País, a luta contra o PLC 30/15, que libera a terceirização em todas as atividades, vem ganhando apoio no Senado, onde o projeto será votado.
Audiências realizadas em Brasília uniram sindicalistas, políticos e magistrados com opinião unânime de que a terceirização das atividades-fins é uma ameaça direta aos direitos conquistados em décadas pelos trabalhadores. O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, convocou sindicatos da categoria para organizarem a paralisação.
“Hoje, milhares de trabalhadores terceirizados trabalham nos bancos, ganhando cerca de 70% menos, com jornadas muito maiores e sem as garantias previstas na Convenção Coletiva dos Bancários” diz o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra. “A nova lei não vai melhorar a situação dos terceirizados. Ela vai piorar a condição dos trabalhadores não-terceirizados”, alerta.
O PL da Terceirização permite terceirizar as atividades-fim das empresas. O resultado seria a retirada de direitos como férias, 13º salário, fundo de garantia. No caso dos bancários, a terceirização acabaria com a categoria, já que os terceirizados ganham até 70% menos e têm jornadas maiores: um verdadeiro sonho para os banqueiros. Gerentes e cargos poderiam virar pessoas jurídicas sem direitos trabalhistas, levando à “pejotização” da categoria. No dia 29, pare contra a terceirização!
Com informações do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região