Um estudo desenvolvido pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação, vinculada ao Ministério das Cidades, denominado de “Demanda Futura por moradia”, divulgado na segunda-feira (27) constatou a importância do Programa Minha Casa, Minha Vida para a redução de demanda por moradia.

De acordo com os dados, de 2019 a 2022 haverá uma demanda de 4,7 milhões de novas moradias no país, das quais 1,4 milhão em 2019. Até 2030 serão necessárias 11,6 milhões de construções, média de 969 mil ao ano.

Para um dos coordenadores do estudo, Gustavo Henrique Naves Givisiez, professor de Geografia da UFF, o programa Minha Casa, Minha Vida foi um projeto que tentou contornar parte desta demanda. “Pelo nosso estudo, levando em conta os dados dos últimos dez anos, se seguir a tendência de construção de moradias, até 2030 o problema das residências de pessoas de baixa renda estaria equacionado”.

O Minha Casa, Minha Vida foi criado em 2009 pelo governo Lula com o objetivo de ajudar pessoas de baixa renda a conseguir sua casa própria. De acordo com dados do Ministério das Cidades, pelo programa Minha Casa, Minha Vida já foram entregues 4 milhões de casas e há mais de 1 milhão contratadas.

No entanto, o atual governo criou mudanças nas regras e fez cortes da ordem de 94,9% em relação a 2015, quando foram investidos R$ 23,5 bilhões – ainda no governo Dilma. Em 2016, esse número caiu para R$ 8,40 bilhões e em 2017 foi de apenas R$ 3,69 bilhões. Esse ano a projeção é de R$ 1,2 bilhão.

“Para o Brasil retomar o crescimento é preciso que políticas econômicas e sociais estejam em consonância”, afirma o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra, e destaca a importância da atuação do banco 100% público na construção de um país mais justo. “O papel social da Caixa é fundamental para o desenvolvimento do país para todos os brasileiros”.

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