Em vez de comemorações, o aniversário de 155 anos da Caixa Econômica Federal, em 12 de janeiro, suscitou manifestações por todo o País com o claro recado de que os empregados “não concordam com o enfraquecimento do banco público”.
A instituição sofre risco de privatização devido ao Projeto de Lei do Senado 555 (conhecido como Estatuto das Estatais), faltam trabalhadores em diversos setores e problemas estruturais afetam o dia a dia de milhares de bancários nas agências.
O presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra, explicou que a aprovação do Estatuto das Estatais é uma das principais ameaças à instituição. “O projeto não atende aos anseios nem dos empregados da Caixa nem dos brasileiros. Queremos um banco social, sem vínculo com empresas privadas. É dever de todos – trabalhadores, aposentados e clientes – lutar pelo fortalecimento do banco público”, explica.
O diretor-presidente da APCEF/SP lembra ainda que o PLS só não foi votado no ano passado graças à mobilização da categoria. “Temos de intensificar a pressão sobre o governo e o Congresso Nacional”, completa.
E reforça: “A Caixa Econômica Federal precisa retomar urgentemente as contratações para se fortalecer. As condições nas agências de todo o País estão difíceis, enquanto cerca de milhares de aprovados em concurso aguardam convocação”.
O principal ato de descontentamento aconteceu em Brasília, em frente do prédio da Matriz, com manifestações e coleta de assinaturas em abaixo-assinado pela contratação de mais empregados para a Caixa.
Em São Paulo, foi feita entrega de carta aberta e reunião para esclarecimento aos empregados sobre o PLS 555 na agência São Bento, no centro da capital. Também ocorreram outras atividades no País.