Os bancários entraram na segunda-feira, 5 de outubro, em seu 12º dia de greve nacional por tempo indeterminado parando, além das agências bancárias da região central de São Paulo e da região da Avenida Paulista, concentrações dos principais bancos onde se localizam os seus respectivos presidentes. Cerca de 46,6 mil bancários, somadas as agências, foram abrangidos pela paralisação em 554 locais.

As mobilizações foram concentradas em prédios administrativos onde trabalham os presidentes dos bancos: Roberto Setubal, do Itaú Unibanco, no Centro Empresarial Itaú Conceição (Ceic), na estação Conceição do metrô; Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, na Cidade de Deus, em Osasco; Fábio Barbosa, do Santander na matriz do banco Real (adquirido pelo banco espanhol) nas proximidades da estação Trianon, na Avenida Paulista; J. Safra no Safra da Paulista, nas proximidades da estação Consolação.

Também ficaram fechados, além de agências, os prédios administrativos da Nossa Caixa (Rua do Tesouro, XV de Novembro, Líbero e Álvares Penteado e Praça da República), Unibanco (Patriarca e Boa Vista) Banco do Brasil (Complexo São João, Verbo Divino, IpirabgaCompe e Gecex III) e Caixa Econômica Federal (São Joaquim, Brás, Sé e Rirop).

"As negociações terminaram sem proposta por parte dos banqueiros. A greve só termina quando os bancários puderem deliberar sobre uma proposta que preveja aumento real de salários, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior e mais justa, proteção aos empregos, fim do assédio moral e das metas abusivas", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato. "A greve continua e será ampliada. As negociações têm de render ganhos aos trabalhadores. O fim da greve está nas mãos dos banqueiros."

Assembleia

No final do dia, em assembleia, os bancários votaram pela continuidade da greve. Uma nova assembleia será realizada na quarta-feira 7, às 17 horas, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Sé).

Passeata

Os bancários vão fazer uma passeata na tarde de terça-feira, dia 6, pelas ruas do Centro Velho de São Paulo. A concentração será a partir das 16h30 em frente ao Complexo São João do Banco do Brasil, na esquina da Avenida São João com a Rua Libero Badaró.

"Venha participar e cobrar dos banqueiros uma nova negociação com proposta decente", convoca a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira. "Vamos fazer um ato pra marcar a greve deste ano e provocar uma reação dos bancos".

Reivindicações

A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão.

Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.

Fonte: Seeb São Paulo

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