Reduzir juros, aumentar a oferta de crédito e ganhar mercado, estes são alguns dos objetivos da Caixa destacados pelo presidente do banco, Jorge Hereda, durante a coletiva à imprensa realizada em 9 de agosto, no auditório Paulo Freire, na Gipes, na capital.
O discurso leva o tom do tema da atual campanha da empresa: “A Caixa não é apenas um banco, ela é mais que um banco”, diz Hereda. Tudo para mostrar, com números, os lucros da empresa após o lançamento do Programa “Caixa Melhor Crédito” em abril deste ano.
Os números são animadores e isso é importante para o desenvolvimento do País, já que a Caixa é responsável por programas como PAC, Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e outros de transferência de renda, porém, existem outros fatores importantes, que a direção da Caixa não está levando em consideração.
E os empregados? – se durante a coletiva não fosse perguntado sobre os empregados, talvez nem se lembrariam… Porém, eles são os principais responsáveis por gerar os resultados apresentados.
Sobre este assunto, o presidente disse que há uma consultoria para avaliar o índice gasto com pessoal e uma programação para a redução de custos. "Já foram cortados R$ 500 milhões de custos na parte administrativa", reforçou. Ao mesmo tempo, há um planejamento da direção do banco para o aumento em agências no País. Até 2015 serão 2 mil novas unidades.
Hereda destacou que o crescimento em pontos da Caixa também deverá ser acompanhado com o aumento de contratação de pessoal, sendo que 12 mil novos bancários deverão ingressar ao quadro de empregados do banco até 2013. “Além das contratações também serão revistas as questão de produtividade, eficiência, revisão e melhoria de processos, para que os resultados acompanhem essa necessidade de expansão”, disse Jorge Hereda.
Para os representantes dos empregados uma das principais questões e, que será acompanhada e cobrada durante esse processo, é com relação a quantidade de empregados que a direção da Caixa pretende colocar nas novas agências. Atualmente são contratados cerca de 8 empregados, e isso já está comprovado que é inviável e desumado, pois o lucro que tão bem destacou o presidente está sendo construído às custas da saúde dos trabalhadores, da qualidade de vida e da precarização das condições de trabalho.
Lucros da Caixa – o lucro líquido do período foi de R$ 2,8 bilhões, uma evolução de 25,2% em relação ao acumulado em junho de 2011. A carteira de crédito cresceu 44,6%, em 12 meses, impulsionada pelo Programa Caixa Melhor Crédito e colocou a instituição no terceiro lugar em volume de crédito no mercado.