Empregados da Caixa se reuniram na última quarta-feira, dia 27 de janeiro, para o lançamento da campanha 2010, o ano da isonomia, que representa a reivindicação dos empregados por igualdade dos direitos entre novos e antigos bancários da empresa, conforme calendário de luta aprovado no encontro nacional de dirigentes sindicais da Caixa, realizado em 18 de dezembro do ano passado, em São Paulo.
Em São Paulo, o ato de protesto, organizado pela APCEF/SP e Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, para pressionar a direção da empresa a fim de que seja concluído o processo de isonomia de direitos e benefícios aos bancários contratados a partir de 1998, aconteceu em frente ao prédio da REROP, em Osasco, e reuniu cerca de 100 empregados.
Embora vários direitos não contemplados nos concursos pós-98 durante o governo FHC já tenham sido conquistados pelas lutas e greves dos trabalhadores, ainda falta o Adicional por Tempo de Serviço (ATS) – também conhecido como anuênio, a licença-prêmio e o tíquete-alimentação para os aposentados. “Entendemos que para trabalho igual os direitos também devem ser iguais, pois o crescimento e os bons resultados da empresa dependem tanto dos antigos quanto dos novos empregados. Portanto, vamos continuar na luta pela conquista do que é direito de todos” – afirma o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.
Boletim da Caixa
Em mesa de negociação com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), realizada em 22 de janeiro, em Brasília, mais uma vez, a Caixa tenta mascarar o que eles chamam de boas propostas, frustrando os empregados ao anunciar a intenção de reduzir a jornada dos ocupantes de cargos técnicos de oito para seis horas, com redução salarial, antes mesmo da implantação do novo Plano de Cargos Comissionados (PCC), por ela denominado Plano de Funções Gratificadas (PFG).
Logo após a reunião, a empresa enviou boletim aos empregados destacando os itens debatidos no encontro. Entre os assuntos, a empresa informa que prevê cerca de mil novas contratações até fevereiro, mas, em contrapartida, informa a aprovação de um novo Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) a ser implementado entre março e abril deste ano.
O PAA anterior ocorreu no fim de 2007 e registrou um índice de 30% de adesões. Isso, aliás, é o que espera a empresa para o patamar de adesões ao plano que pretende levar adiante neste ano.
A proposta do novo plano vai ao encontro às expectativas dos empregados, que já estavam aguardando por essa notícia.
O objetivo é atingir o grupo de empregados já aposentados pelo INSS e o grupo dos aptos a se aposentarem até o final de fevereiro de 2011, o que totalizará cerca de 10 mil empregados prontos a aderir a essa proposta.
Com essa iniciativa, a Caixa demonstra falta de planejamento, pois não conseguirá substituir o número de empregados desligados, o que agravará ainda mais as condições de trabalho nas unidades.
A empresa informou ainda, que o tíquete-alimentação não fica garantido para o empregado que aderir ao PAA.
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