A jornada de trabalho de seis horas conquistada pelos empregados da Caixa em 30 de outubro de 1985 nasceu de uma longa história de luta.

No começo do século XX, os bancários enfrentavam jornadas desgastantes. Em geral era para ser das 9 às 18 horas, mas, em alguns casos, podia se estender pela madrugada. Além disso, era alto o índice de tuberculose entre a categoria, por conta de ambientes insalubres, sem ventilação adequada e do manuseio de cédulas muitas vezes contaminadas por fungos ou bactérias.

Em 1932, a mobilização se intensificou e, em 1933, as lideranças da categoria enviaram uma proposta de projeto para a redução da jornada ao governo federal.

No entanto, o que acabou sendo aprovado era diferente do pré-projeto sugerido pelos bancários: jornada de 36 horas em seis dias e sem obrigatoriedade do pagamento de horas extras.

O descontentamento foi geral e levou à continuidade da mobilização. A conquista só aconteceu em 1957.

Porém, a antiga realidade seguia nas agências e departamentos da Caixa. Não sendo considerados bancários, os empregados da estatal ainda enfrentaram longas jornadas até 1985, quando, após uma grande mobilização, também conhecida na Caixa como a “Greve das 6 horas”, equiparou a jornada na categoria.

Acompanhe a série de matéria sobre a “Greve das 6 horas”:

:: Há 38 anos, bancários!

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