Por Meire Bicudo – CNB/CUT

A reunião do Grupo de Trabalho sobre Segurança, realizda em 12 e 13 de maio, apresentou importantes avanços havendo consenso em muitos pontos. Os representantes dos empregados e da direção da Caixa concordaram em temas que vão garantir maior segurança aos empregados e à empresa.
Atualmente um dos problemas que mais angustia os bancários são os seqüestros. A Caixa estabelece uma série de procedimentos, previstos na norma AD 004, que em seu item 1 – Objetivos – coloca no mesmo patamar a proteção ao patrimônio e a proteção à vida. “Foi consenso no GT que o enfoque principal deve ser a vida e, se possível, o patrimônio da empresa. A flexibilização da AD 004 é uma importante reivindicação dos empregados, pois em vários itens obriga que em caso de seqüestro observe determinados procedimentos. Isso muitas vezes não é possível, pois aumentaria o risco à própria vida ou de familiares. O GT aprovou por consenso que em situações como estas, os procedimentos não serão mais exigidos” – falou o representante da CNB no GT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), Plínio Pavão.
De acordo com Plínio, a segurança na Caixa é muito mais uma questão cultural do que de normas e as pessoas precisam ser educadas para terem comportamento preventivo.
Outro avanço considerado importante é em relação às salas de auto-atendimento. Os componentes do GT visitaram a agência do Itaú da Praça da República, na capital, e consideraram o modelo de auto-atendimento ideal para ser aplicado na Caixa.
O auto-atendimento é integrado à agência e para ter acesso, os clientes teriam de passar pela porta-giratória. Fora do horário de funcionamento das agências, a sala de auto-atendimento é separada por portas de vidro retrátil e os clientes teriam um acesso separado. Assim, o vigilante que permanece na agência tem visão completa da sala de auto-tendimento, o que não ocorre hoje na Caixa, pois o guarda não tem a atribuição de zelar por este espaço.
Ainda em relação ao auto-atendimento, foi consenso no GT que as salas em agências devem permanecer abertas somente até às 20 horas para garantir maior segurança. Somente ficariam abertas aquelas em locais que funcionam 24 horas e em locais movimentados e que ofereçam algum tipo de segurança, como supermercados, aeroportos etc.
Segundo os membros do GT, somente a Caixa mantém suas salas abertas durante toda a noite. Também foi consenso que deverão ser substituídas as máquinas que ainda são abastecidas pela frente, evitando expor os funcionários à ação de assaltantes.
Outro ponto acordado é a instalação de vidros nos guichês dos caixas. Esta é uma reivindicação do Congresso Estadual da Caixa do Ceará no ano passado, que agora deverá ser implementado.
O coordenador da CEE-Caixa, Plínio Pavão, considerou a reunião bastante produtiva e ressaltou que a Caixa precisa providenciar urgentemente as medidas que dependem de outras áreas, como as que envolvem as mudanças nas da salas de auto-atendimento e a instalação dos vidros nos guichês.
Na próxima rodada de negociação da mesa permanente, a CEE-Caixa irá cobrar as providências da direção da empresa. Os representantes da Caixa no GT também ficaram de se posicionar, nos próximos dias, sobre o fechamento da agência em dias de assalto. “Avançamos bastante no GT e agora esperamos que haja sensibilidade da Caixa para o fechamento da agência em dia de assalto, que é muito importante para os empregados” – disse.

Compartilhe: