Nesta segunda-feira (19), o 14º dia da greve nacional dos bancários alcançou o recorde de 13.071 agências tiveram as atividades paralisadas. O número representa 56% do total de agências do Brasil. Essa é a resposta ao desrespeito apresentado pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), ao não apresentar, nas duas últimas rodadas de negociação, melhorias na proposta já rejeitada.

O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, critica o fato de que a Fenaban ainda não apontou para a retomada das negociações. “Não estamos na luta apenas por salários. Queremos a garantia dos empregados, saúde, segurança, melhores condições de trabalho, igualdade de oportunidades. No caso da Caixa, que também não quer negociar, exigimos, entre outros itens, a revogação do RH 184 e o retorno das contratações”, detalha. Ele, porém, adverte: "a greve está forte, mas é fundamental que ela continue se intensificando a cada dia".

Lucratividade

Enquanto a Fenaban se recusa a retomar as negociações, o setor não para de lucrar. Em plena crise econômica, os cinco maiores bancos brasileiros (Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) apresentaram, no primeiro semestre, lucro líquido de R$ 29,7 bilhões. No mesmo período, fecharam mais de 13.600 postos de trabalho e 422 agências. De janeiro a junho, as receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$ 55 bilhões.

 

Fonte: Fenae

Compartilhe: