Trabalhadores de todo o país unidos contra as "reformas" trabalhistas e da previdência

Os trabalhadores de diferentes categorias vão cruzar os braços na sexta-feira, 28 de abril. Todos na Greve Geral.
Unidos pelos mesmos propósitos: lutar pela garantia dos direitos conquistados e pelo emprego, pela preservação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), na defesa da Previdência e de políticas públicas.
É dia de parar o país e mostrar ao governo e aos parlamentares a unidade dos trabalhadores que rejeitam as propostas apresentadas pelo governo neoliberal de Temer.
Todas as Centrais Sindicais (CUT, CTB, CSB, CSP-Conlutas, CGTB, UGT, Nova Central, Força Sindical e Intersindical) estão envolvidas na organização da Greve Geral e já deliberaram aos sindicatos de suas bases a organização das paralisações.

O que os empregados da Caixa perdem? – “Se as propostas do governo neoliberal de Temer passarem e a terceirização sem limites for implantada, todos os direitos conquistados viram pó”, aponta o diretor da APCEF/SP Leonardo dos Santos Quadros.
A reforma trabalhista, por exemplo, propõe alteração no artigo 468 da CLT e passa a permitir ao empregador descomissionar o empregado sem que haja a incorporação das gratificações e adicionais no salário.
A implantação da terceirização irrestrita ameaça o emprego dos bancários – inclusive em bancos públicos – como parte da estratégia para reduzir custos salariais e operacionais. Esse processo ocorre por meio de correspondentes bancários e da contratação de empresas para execução de tarefas bancárias.

O acesso à aposentadoria integral passa a ser um sonho distante da realidade: pelo projeto original, apenas aos 65 anos de idade e com 49 anos de contribuição.
O ataque aos bancos públicos  resulta em fechamento de agências, redução da remuneração e exploração daqueles que conseguem se manter nos postos de trabalho.

“As investidas do governo neoliberal de Temer atacam os direitos dos trabalhadores. A sanção da lei da terceirização irrestrita – uma exigência patronal para reduzir custo e, adicionalmente, o trabalho formal – pode significar o fim da previdência, explica a diretora da APCEF/SP  Ivanilde de Miranda. "Com a terceirização, não há repasse à previdência e nem garantia de aposentadoria”, completou.

Greve geral – Trabalhadores de todo o país são contrários às "reformas" trabalhista e da Previdência propostas pelo atual governo. A resposta é a adesão maciça à Greve Geral em 28 de abril.
Muitos documentos foram publicados contrários às propostas, como o Manifesto Brasil Nação (confira no site da APCEF/SP), assinado por economistas, professores, físicos, engenheiros, sociólogos, músicos, arquitetos, cineastas, escritores, intelectuais, políticos, advogados.

A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aponta que “a Previdência não é uma concessão governamental ou um privilégio. Os direitos sociais no Brasil foram conquistados com intensa participação democrática; qualquer ameaça a eles merece imediato repúdio”.

Já o Papa Francisco, em carta direcionada a Temer, afirmou:  "não posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais para crises que vão muito além da esfera meramente financeira”

Algumas categorias, das muitas, que já aderiram à Greve Geral

Bancários – os trabalhadores do sistema financeiro, em diversas regiões do país, de bancos  
privados e públicos.
Transportes – trabalhadores dos setores aéreos, condutores rodoviários, portuários, metroviários e agentes de trânsito, de várias re- giões do país.
Petroleiros – estes trabalhadores aderiram em resposta à ofensiva golpista que está destruindo a estatal, seus empregos, o sistema de proteção social e direitos trabalhistas.
Trabalhadores do campo – o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto fará bloqueios em rodovias e avenidas por todo o país.
Eletrobrás – trabalhadores do setor elétrico em todo o país.
Correios – estes trabalhadores fazem paralisação em 26 de abril e mantêm a mobilização para a greve geral em 28 de abril.
Educação – professores estarão na Greve Geral.
Policiais federais – realizaram protesto em 18 de abril, embora não tenham manifestado adesão à Greve Geral, estão participando de atos contra a Reforma da Previdência.
Movimentos sociais – as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo estarão presentes.

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